terça-feira, 11 de outubro de 2011


A CIDADE CENTENÁRIA
O que acabamos de celebrar foi o centenário da criação da vila, hoje denominado município. A cidade, propriamente, só seria declarada em 1914. Mas estamos nos habituando a dizer cidade centenária. Esta imagem de hoje, que fui buscar em nosso precioso baú que guarda as velhas imagens do Joazeiro, é do início dos anos 20. Ao observá-la, sinta-se na calçada do casarão da família Viana (Rua Grande com Rua São Francisco), olhando na direção da Matriz que é vista ao fundo, ainda com as suas duas torres. É a Rua Grande. Isto mesmo, nesta época, a atual Rua Pe. Cícero era conhecida como Rua Grande. Veja que a praça Alm. Alexandrino de Alencar ainda não existia (somente seria inaugurada em 1925). No seu lugar havia o Quadro Grande, que seria a praça projetada. Vemos um poste que poderia ser da iluminação com lampiões, ou mesmo para amarrar animais no dia-a-dia ou nas feiras de sábados que aconteciam aí. As ruas, apesar de traçadas (Conde Adolpho e Mestre Pelúsio fizeram isto a pedido de Floro, a partir de 1909), ainda estavam por serem calçadas. Aí estão dois calhambeques, “Ford bigode” os últimos modelos da época. Senhorzinho Ribeiro nos informa que os primeiros veículos pertenceram a Doroteu Sobreira, José Geraldo da Cruz e Augusto Sobreira. O casario ao fundo é da Rua do Cruzeiro e um velho sobrado se erguia majestoso onde hoje é a Lojas Americanas.
















Em 1922, José Geraldo da Cruz e o então Vigário da Matriz de Nossa Senhora das Dores, Pe. Pedro Esmeraldo da Silva já haviam criado diversas Conferências Vicentinas em Juazeiro. Estas conferências decidiram pela construção de uma Capela (ainda hoje existente na confluência das Ruas Mons. Joviniano Barreto e Leandro Bezerra). O flagrante é de um dia quando os vicentinos se reuniram para iniciar a cobertura da Capela de São Vicente. Dentre as pessoas aí presentes, citam-se membros da família Soares que então dispunham de uma banda de música, José Geraldo da Cruz, a família de Sebastião Marques (ele, sentado, o filho Lourival Marques e, por trás, sua mulher Conceição Melo).


Nota: Com a Coluna de ontem (Campus Universitário) estamos dando início a uma participação mais frequente nestas páginas de nosso Blog. Assim, diversas chamadas foram criadas para tratar de assuntos mais específicos. Podemos citar as que já programei e do que trataremos: Campus Universitária (o ensino superior de nossa cidade); Do Baú (velhas imagens da cidade); Lembrados & Esquecidos (fatos, pessoas e locais da memória da cidade); Reclames (a publicidade do comércio, indústria e serviços de antigamente); Opinião (um artigo sobre tema relevante, assim espero); Arte & Cultura (panorama da atualidade); Movimento Editorial (raros e novos livros em torno de Juazeiro); Coluna de Renato Casimiro (novidades sobre a cidade); Juazeirenses Desconhecidos (síntese biográfica de juazeirenses ignorados); Gente Romeira (o que faz e onde anda); Histórias do Murilo (pequenos contos do vigário); Um Estranho em Minha Rua (novas biografias); Joazeiro Antigo (uma página na História do Juazeiro Antigo); Juazeiro, por aí (a cidade vista de fora, pela imprensa); Memorial da Cidade (efemérides de Juazeiro do Norte); Imprensa Centenária (velhos jornais da cidade); etc.

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