ELEIÇÕES 2024
Eleitor(a)
Respeitosos
cumprimentos!
Aproxima-se
o dia que para não poucos brasileiros desencantados e desiludidos deixou de ter
qualquer sentido faz um bom tempo.
Não
tenho como saber por qual ou quais razões tu vais caminhar de tua casa para uma
urna de votação domingo vindouro: se para anular teu voto; se porque te
prometeram algo em troca dele e tu creste; ou se porque julgas que algum dos
muitos pretendentes a ele efetivamente o merece por causa dos predicados de que
é dotado.
Se
o candidato em quem vais votar deseja continuar onde está, talvez com a ajuda
que tu lhe deste em 2019, penso eu que seria bom que tu tentasses te lembrar,
escarafunchando tua memória, do que ele prometeu que faria casso fosse eleito.
Fez de fato aquilo que disse que faria caso viesse a ocupar uma cadeira na
câmara ou se assentasse na cadeira de prefeito? Se acaso cumpriu à risca quanto
prometeu quando era somente um simples candidato, fica fácil votar. Se,
todavia, não, a tarefa a se cumprir diante da urna fica ainda mais fácil.
Vamos
supor agora que o pleiteante do voto alheio deseja estrear na arena da vida
pública e se tornar vereador ou prefeito pela primeira vez. Cabe então algumas
perguntas que o eleitor minimamente politizado não poderá deixar de fazer a si
mesmo antes de dar o seu voto: que sei de fato eu sobre o candidato que deseja
o meu voto para chegar onde pretende? Possui um mínimo do que se chama de
“espírito público”? Antes de se lançar candidato, na qualidade de simples
cidadão, destacou-se por algum serviço de natureza social e de tipo comunitário
prestado aos seus semelhantes? Possuo eu, que estou considerando seriamente a
possibilidade de votar em tal ou qual candidato, conhecimento de quaisquer
trabalhos relevantes por ele realizados e dos quais resultou algum bem concreto
para seus concidadãos?
Se
já esta há quatro, oito, ou doze anos no
exercício de uma função pública a ele confiada por uma parcela da vontade
popular, pode apresentar uma lista de serviços prestados à população como prova
cabal de uma atuação comprometida com o bem-comum, que há de ser sempre o
objetivo maior da atividade política?
Todos
nós eleitores, ou escolheremos bem ou não no próximo domingo. Se escolhermos
bem, poderemos nos parabenizar pelos próximos quatro anos; se não, o que espero
sinceramente que não suceda, só teremos de nos queixar de nós mesmos. Não
adiantará futuramente nos queixarmos dos que tivermos escolhido com nosso voto
se fomos nós mesmos que os escolhemos.