domingo, 22 de maio de 2011

Tempo de recordar
Durante o mês de maio tenho um compromisso com Nossa Senhora de assistir missa diariamente e em um destes dias me veio à memória um objeto que antigamente existia em algumas igrejas de Juazeiro. Lembro bem que tinha na Capela do Socorro, na Matriz de Nossa Senhora das Dores e no Santuário de São Francisco das Chagas. Era uma cadeira de madeira com um assento móvel,geralmente de palhinha, abaixo do qual ficava uma parte almofadada que a pessoa usava para se ajoelhar. Seu nome é genuflexório.  Existiam muitos deles e ficavam bem próximos do altar, alguns tinham até cadeado, para evitar que alguém o usasse indevidamente. Lembro até de um vexame que passei, no Santuário de São Francisco, quando fui  assistir à tradicional Hora da Graça, que naquela época já acontecia às quartas-feiras. Sem ter noção de que era proibido, me sentei num genuflexório, displicentemente, e atenta fiquei a espera do início da oração, quando fui tocada por uma mão não muito delicada e quando viro o rosto, vejo na minha frente, uma senhora com um terço nas mãos, um livro de orações e me pede a cadeira. Que susto grande e vergonha!O rubor subiu em minhas faces, fiquei vermelha. Imediatamente entreguei a cadeira e fui me encostar numa coluna bem distante. É interessante a mudança de hábitos, como os costumes desaparecem. Hoje quem possui uma cadeira dessas pode dizer que tem uma relíquia. Dona Assunção Gonçalves, por exemplo,  ainda guarda uma cadeira semelhante à que estou me referindo, mas a dela, ainda em ótimo estado de conservação, só tem o assento para se ajoelhar, não tem a parte para a pessoa sentar. (Nas fotos abaixo mostro dois modelos de genuflexório)


- Outra coisa que raramente vemos hoje na igreja são mulheres com véus ou mantilhas que eram colocados na cabeça. Houve um tempo em que, para comungar,  era obrigatório o uso dessa indumentária pela mulher. Recuando no tempo me vem à mente a visão de uma fila de mulheres com ar piedoso segurando o véu e com as mãos postas em oração se dirigindo para a mesa da comunhão na Matriz de Nossa Senhora das Dores, no tempo em que o vigário era Monsenhor Lima, e padre Murilo, seu cooperador. Era bem nítido aquele ar de respeito, de cristandade que  não são mais vistos nas celebrações de hoje. A maneira de vestir das mulheres hoje no recinto de uma igreja deixa muito a desejar. Não sou contra a moda, o que as mulheres gostam de vestir, mas discordo delas quando entram na igreja com roupas impróprias, indecentes, com os seios quase descobertos. Igreja é lugar de oração, de sintonia com Deus e não é justo invadir este lugar sagrado com trajes que chamam à atenção, distraindo as pessoas que buscam ali um momento de reflexão e de diálogo com Deus.

- O celular é outra coisa que não combina em igreja, este objeto que invadiu o mundo e que antes de sua existência todos passavam sem ele, agora é impossível se desgrudar dele. O viável, o correto é quando entrar na igreja desligá-lo. Não tem coisa mais ridícula e desrespeitosa o padre fazendo a homilia ou então, no momento da elevação, todos compenetrados e de repente escuta o som de um celular, as pessoas se viram surpresos procurando o mal-educado. Regras, educação, não estão em desuso. Ainda existem e precisam ser respeitadas.


E-MAILS RECEBIDOS:
Querida amiga, Tereza Neuma, não temos palavras para agradecer-te esta grande e linda homenagem que com tanta ternura e amizade fizestes à nossa inesquecível mãe, que nos deixou tantas saudades. Relembro as nossas brincadeiras  principalmente a do anel, todos nós sentados na beira da calçada. Que tempo bom! Passou rápido, não foi? A você, Tereza Neuma e Daniel os nossos agradecimentos por este grande presente que recebemos de vocês no Dia das Mães.
Nininha Vasconcelos Bispo e Aécio Vasconcelos Bispo, Juazeiro do Norte

Querida Neuma: você está sempre nos presenteando com suas fotos e
comentários e nos levando a um passado saudoso.

Mirna, Fortaleza

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