sábado, 7 de janeiro de 2017

Juazeiro precisa de um novo modelo administrativo

Juazeiro do Norte começa o ano de 2017  com um novo prefeito. Com ele reaparecem as esperanças de um novo modelo administrativo, diferente do até então posto em prática neste município, qual seja, o das administrações populistas, centralizadoras e realizadas a base da improvisação, sem efetivo plano de governo.
No geral, os nomes dos novos secretários são de pessoas conhecidas no ramo e tudo indica que o prefeito Arnon Bezerra cumpriu o que prometeu na campanha, ou seja, escolheria para seu secretariado pessoas de capacidade técnica comprovada.
Uma coisa, porém, precisa ser destacada neste particular. Não basta que o secretário seja um técnico no assunto da sua pasta. Para desempenhar sua função com a competência esperada, é preciso antes de tudo, que também lhe seja dado a devida a autonomia administrativa para gerir os negócios sem precisar de recorrer ao Prefeito para autorizar tudo; prática, aliás, muito comum não somente aqui, mas por extensão em todo o território brasileiro, onde os governantes simplesmente centralizam tudo, deixando seus auxiliares apenas com a tarefa de ouvir e anotar as solicitações. Se for para fazer somente isso, não precisam ganhar tanto.
Em  secretarias de muita demanda de serviço, como são os casos  das secretarias de Saúde, Educação, Turismo e Romaria, por exemplo, essa autonomia a que estamos nos referindo se torna então absolutamente necessária, pois do contrário, a concretização de serviços essenciais, de decisão na hora, se não tiverem sua efetivação decidida prontamente pelo titular da pasta, sua competência administrativa vai para o chão, e daí por diante, não poderá mais retomá-la.  
Portanto, cabe ao novo prefeito, para que os trabalhos andem a contento, que ele não seja um centralizador. Deve ele confiar nos seus secretários, lhes dar a devida autonomia para trabalhar, sem se descuidar, porém, de exercer rigorosa fiscalização  para coibir os abusos que porventura apareçam. Este é o modelo vitorioso adotado na iniciativa privada e é assim que se deve fazer também no serviço público, pois na iniciativa privada é justamente  isso que a faz ser tão produtiva. Quem centraliza tudo não tem tempo para gerir os negócios com  a dinâmica que o mundo moderno exige. Distribuindo demandas e decisões com seus secretários e confiando na competência deles, o prefeito terá mais tempo para se dedicar a tarefas mais importantes, ficar mais tempo no gabinete, recebendo autoridades, e com mais folga para visitar e fiscalizar as obas em andamento.
Juazeiro precisa de um novo modelo de administração. Este é o modelo que sugerimos ao novo prefeito.

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