sábado, 22 de junho de 2013

Juazeiro no tempo do carro de boi


As gerações atuais jamais poderiam imaginar que hoje, no local mostrado na foto, é a Farmácia Pague Menos, no cruzamento das Ruas São Pedro com Santa Luzia. O prédio da Casa Neri, do empresário Felipe Neri da Silva,  era um dos mais vistosos do comércio juazeirense na época (anos 50). Mas o pitoresco da foto é a presença de um carro de boi gemedor transportando em pleno centro comercial da cidade uma carrada de lenha, quem sabe, talvez, para alimentar o forno de uma padaria, e nós arriscamos um palpite: seria a famosa Padaria de Antônio do Café, localizada no quarteirão da Rua Santa Luzia que fica entre as Ruas São Pedro e São Paulo, mais ou menos onde é hoje a agência do banco HSBC ou o restaurante Pratão? (Quem sabe o local certo nos avise). Até o início dos anos 60 esse tipo de veiculo de transporte de tração animal, cuja velocidade era semelhante à de uma tartaruga, era muito comum em Juazeiro. Depois foi substituído pelas carroças, também de tração animal, mas conduzidas por cavalos ou jumentos em vez de bois. Hoje, com o grande e caótico movimento de veículos no trecho mostrado na foto, seria praticamente impossível o tráfego de carros de boi por ali. A foto é publicada para proporcionar um momento de lembrança de um passado importante na história desta cidade, quando os carros de boi eram bastante usados como meio de transporte de carga tanto na cidade como na zona rural.
 "Eu vivo feliz da vida e a idade não me espanta, pois o carro de boi na subida quanto mais velho mais canta!". Afonso Sampaio e Sá, 88 anos.
Nota do Editor: Seu Afonso é desse tempo e sabe bem o valor dos carros de boi.

Um comentário:

Daniel Walker disse...

Professor Daniel,

Gosto muito dessas matérias ilustradas, pois nos mostra cenários de tempos remotos que os livros de História normalmente não mostram. Assim conhecemos um tempo que não vivemos e saciamos nossa curiosidade.

Lembro do tempo em que as carroças circulavam nas ruas de Juazeiro. Eram meios de transporte utilitários e que não poluíam o meio ambiente, mas o progresso chegou, substituindo-os quase que totalmente por caminhões e carros baú.

Acho interessante resgatar esse tempo para que as novas gerações tenham a oportunidade de conhecer.

Forte abraço,
Simone Beserra.