quinta-feira, 7 de julho de 2016

Nosso Aeroporto: Em Juazeiro concentração foi fraca, mas em Brasília a reunião foi proveitosa

Não teve a repercussão esperada a manifestação de apoio ao aeroporto, realizada ontem à noite na Praça Capitão Aviador Samuel Wagner, em frente ao Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes. Os maiores consumidores do equipamento, no caso os empresários e professores universitáios, tiveram presenças inexpressivas diante da importância do evento. A presença mais marcante foi a de um grupo de motoqueiros e ciclistas. A imprensa compareceu em peso na esperança de cobrir um grande acontecimento. Também compareceu, como era esperado, um bom número de candidatos a prefeito e vereador em busca de melhor visibilidade para seus interesses políticos. Mesmo assim a Câmara de Dirigentes Lojistas de Juazeiro merece os parabéns, pois envidou todos os esforços necessários para o maior êxito do evento, através de uma bem montada estratégia de marketing, mas que, infelizmente, não conseguiu vencer o comodismo dos maiores consumidores dos serviços prestados pelo aeroporto da cidade. Uma pena, sem dúvida. 
Mas, enquanto aqui se lamentava a pouca expressividade do evento, em Brasília o prefeito Raimundo Macedo e o empresário Dr. José Roberto Celestino respiravam aliviados depois da reunião mantida com o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella Lessa, o presidente da Infraero, Antônio Claret de Oliveira, o diretor da Infraero, Márcio Jordão, o diretor de Aeroportos da SDC, Leonardo Cruz e o deputado federal Cabo Sabino. Segundo nos informou, José Roberto, o ministro aceitou  que o PCN passaria para 46 e  homologaria a pista para 1940 m. (PCN é uma abreviatura de Pavement classification number e para a aviação PCN é um número que indica a resistência de um pavimento, uma pista de pouso por exemplo). Com a concretização destas duas melhorias, as empresas aéreas que tencionavam desistir de operar em Juazeiro (Gol e Avianca) recuaram da decisão e vão continuar operando com seus voos regularmente podendo utilizar as aeronaves 4D (B800, A321). Disse ainda José Roberto: “ O Ministro de início autorizou a mudança do PCN para 42. Eu ponderei que era um avanço, mas que como se implantava grande extensão do pátio e novas taxiways a conveniência era implantar o PCN 46. O diretor Jordão disse que no caso de Juazeiro é uma operação simples que se resolve somente com uma cobertura extra. O Ministro perguntou o custo. Estimei R$ 10 milhōes, passar do PCN 42 para 46. Mas adverti que sendo implantado o PCN 42 nas novas áreas, nunca mais elas poderiam evoluir para 46. E aí comparei com Petrolina PCN 80, Parnaíba e Jericoacoara 68, Rio Branco 78, todos Aeroportos hoje com menor movimento de passageiros do que o nosso. Diante dos meus argumentos, o Ministro determinou à SAC que fizesse o projeto do PCN 46. Sobre o TPS (terminal de Passageiros)  apresentei uns gráficos que elaborei nos quais ficam evidenciados que Juazeiro transporta mais passageiros por m2 do que todos os demais aeroportos e empata com Congonhas. O diretor Jordāo ficou impressionado com esta performance e pediu para ficar com o meu relatório. Ao final o ministro e o presidente da Infraero ficaram de visitar Juazeiro do Norte no final de julho quando anunciará o cronograma de execução da obra”. 
Tão vendo, é assim que se resolvem  as coisas. Marcando presença, indo diretamente à fonte e fazendo pressão popular. E mais: Numa reunião com  o órgão que realmente autoriza a obra não é possível comparecer sem levar uma pessoa que entenda do assunto. E nisso o prefeito Raimundo Macedo acertou em cheio, pois se fez acompanhar da pessoa que mais entende do assunto, tanto do ponto de vista funcional como técnico, que é sem dúvida José Roberto. 

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