sexta-feira, 8 de julho de 2016

Em época de vaquejada Juazeiro ganha sua Rua da bosta

Hoje pela manhã a cidade atingiu seu grau máximo de bagunça (o termo certo seria esculhambação) com o desfile da tradicional vaquejada anual. Tal como existe em São Luis, MA, a cidade ganhou, pelo menos temporariamente,  a sua Rua da bosta, aliás várias ruas da bosta, pois foi assim que ficaram as ruas por onde os cavalos  desfilaram empestando tudo de fezes. Afora esta  seboseira que gera uma fedentina irritante também se deve fazer menção à poluição sonora provocada pelos carros de som em alto volume, muito acima do permitido por lei,  causando um ruído insuportável. O desfile não tem nada de organizado. Alguns cavalos são montados por pessoas exibicionistas que procuram fazer peripécias para se mostrar,  e nos carros homens e mulheres se exibem com bebidas. É assim a nossa vaquejada. Uma festa que atrai multidão de outras localidades que se deslumbram assistindo a um espetáculo que nunca foi do agrado dos protetores dos animais. Longe de nós a pretensão de coibir o direito de quem aprecia tal “festa”,  mas, no momento atual de progresso de Juazeiro, uma reflexão sensata  indica que não tem mais sentido esse desfile passar pelo centro comercial da cidade, pois isto só faz é aumentar o caos do trânsito normalmente já existente. O bom seria que o desfile acontecesse noutro local, de preferência o mais perto possível da área onde se realiza o evento, livrando o centro da cidade desse transtorno, mesmo que ele só ocorra uma vez por ano. Da forma como o desfile ocorre, com desorganização, exibicionismo, poluição sonora, caos no trânsito e sujeira nas ruas, ele não condiz com o atual ciclo de progresso que Juazeiro ostenta, onde o centro comercial deve ficar o mais livre possível para facilitar o fluxo de veículos. Repetimos: a vaquejada é uma festa que já faz parte do calendário de eventos local e não deve ser extinta,  mas esse desfile percorrendo o centro comercial da cidade é cafona, seboso e desnecessário. Que se faça em outro local é o que pede o bom senso.  



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