terça-feira, 6 de julho de 2021

Da doação das terras da Capela de Nossa Senhora das Dores em 1841

 

Quadro de Assunção Gonçalves retratando a Capela 

Consta no livro da professora Amália Xavier de Oliveira p.32/33 a cópia de certidão do terreno doado para Capela de Nossa Senhora das Dores em Juazeiro, transcrito abaixo: 

                                                        CERTIDÃO 

                                                            Cópia 

        Escritura de doação do Patrimônio que fazem o Coronel Joaquim Antonio Bezerra de Menezes e sua mulher D. Quitéria Delfina Nobre de Lima, posse de terras citas na Capela, digo citas no sítio Juàzeiro, de Nossa Senhora das Dores, da Capela do mesmo sítio Juàzeiro, virem que sendo no ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e quarenta e um (1841) anos nesta vila do Crato, cabeça de comarca da Província do Ceará, aos desenove (19) dias do mês de novembro de mil, digo do dito ano, em meu Cartório vieram presentes partes a saber o coronel Joaquim Antonio Bezerra de Menezes e sua mulher D. Quitéria Delfina Nobre, e por eles me foi em presença de testemunhas abaixo nomeadas e assinadas que êles eram senhores e possuidores de uma posse de terras sitas na Povoação do Juàzeiro, que as houveram de legitima de seus falecdos Pais e sogro Leandro Bezerra Monteiro e D. Rosa Josefa do Sacramento , cuja posse de terra por se achar livre e desembargada, desta, digo, desembaraçada  ereta na Capela da Povoação do Juàzeiro cita faziam doação para Patrimônio de nossa Senhora das Dores de sua livre e expontanea vontade, sem constrangimento de pessoa alguma,  e por isso queiram que em todo tempo, prevalecesse esta escritura de doação , e pediam as justiças de sua Magestade Imperial e Constitucional lhes dessem inteiro vigor  e cumprimento de justiça, e para essa firmeza faltasse alguma cláusula ou cláusulas, haviam-as por expressas e destacadas como se delas fizessem especial mensão e se desfarão de todos os prvilégiosque a seu favor pudessem ter, vindo mesmo da lei de veliano que fala a favor das mulheres e só queriam ter e manter essa escritura de doação para Patrimônio, e de como assim o disseram e otorgaram pediram fosse feito êste instrumento em que depois de lido assinarão com as testemunhas o tenente coronel José Vitoriano Maciel e Leandro de Chaves e Melo, todos de mim Tabelião reconhecidos, tantos as testemunhas como as partes do que dou fé e eu Antonio Duarte Pinheiro, Tabelião Público a escrevi.

Lauro Pereira de Matos, Tabelião Interino no Crato confirma o original existente no Cartório e assina datando de 28 de outubro de 1935.

A cópia foi feita atualisando e corrigindo os erros ortográficos. 





fotos acervo Daniel Walker e Renato Casimiro 

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