sábado, 26 de fevereiro de 2011

OS SOBRADOS DE JUAZEIRO ANTIGO - II

UM SOBRADO DE DAMIÃO PEREIRA DA SILVA

Na edição passada, foi iniciada, por sugestão do Editor do Juaonline, a publicação de uma memória sobre os velhos sobrados de Juazeiro do Norte. Com a ausência de Renato Casimiro nos próximos meses, estas matérias terão continuação agora sob a coordenação da editoria do blog. Hoje falamos de um dos velhos sobrados de Damião Pereira da Silva, este, então, localizado na Praça da Liberdade, hoje Padre Cícero, na projetada Rua do Cruzeiro, esquina de Rua Grande, atualmente Padre Cícero. Infelizmente, ele não existe mais.

Quem era Damião Pereira da Silva?

Ele se tornou mais conhecido pelo diminutivo – Damiãozinho -, com referência a umas terras além do Rio Salgadinho, conhecidas como Os Coqueiros de Damiãozinho. Segundo o memorialista Senhorzinho Ribeiro, Damiãozinho chegou a esta cidade muito jovem e já era ambulante, conhecido pelos doces que vendia pelas ruas - doces que eram fabricados por dona Chiquinha, uma senhora que morava num outro sobrado, na esquina da Rua da Matriz com São Pedro. Aos poucos foi se capitalizando e se estabeleceu como comerciante e ficou famoso. Tornou-se, dizia-se, um homem rico, e construiu um patrimônio imobiliário, onde se destacavam, pelo menos, três sobrados: um que se situava onde hoje é a Câmara Municipal e depois de demolido serviu de intendência – onde se guardavam os animais da feira dos sábados – neste, parece ter residido por algum tempo; um segundo que terminou propriedade de Manoel Soares Couto, vizinho ao anterior, e ainda existe; e um terceiro - este é o nosso objeto em destaque, também na Rua do Cruzeiro, esquina de Padre Cícero, onde funcionou o Rádio Clube – agremiação existente nos anos 30, para onde convergia a juventude da cidade, para bons programas de dança de salão, a Prefeitura Municipal e outras firmas comerciais (bares e bodegas). Damião era casado, mas não deixou descendentes. Daí porque legou seus bens para os Salesianos e Franciscanos. Uma cópia da foto acima foi oferecida ao Padre Cícero, seu amigo. A original encontra-se exposta no Museu, Rua São José;

Na seqüência fotográfica abaixo, apresentamos os seguintes flagrantes:

O sobrado já construído, no ano de 1926, quando a Praça Almirante Alexandrino ainda não havia sido urbanizada (ao seu lado, outro imponente sobrado, de que ainda falaremos, oportunamente);

O sobrado, em 22.11.1938, quando a comitiva do presidente Menezes Pimentel era recebida em Juazeiro.

O sobrado, em 1945

O sobrado, no início de sua demolição.

O atual Centro Comercial José Machado, construído em seu lugar.

Um comentário:

Anônimo disse...

é foi mal vio