terça-feira, 2 de abril de 2013

Comunhão de forças


Quando morava em Recife, há alguns anos atrás, época de chuvas significava tempo de grande transtorno e dor de cabeça. A bela cidade litorânea cortada por inúmeros rios rapidamente era inundada pelas águas. Os canais que acompanhavam as grandes avenidas, como a Agamenon Magalhães, transbordavam e estabeleciam o caos no já complicado trânsito.
    Juazeiro do Norte se encontra cerca de 600km distante da capital pernambucana, numa região com bons índices pluviométricos mas inferiores aos do litoral, e possui praticamente um rio, o Salgadinho, bem nos extremos da zona urbana. Apesar disto, já sofre os mesmos dilemas estruturais de Recife.
      A Terra do Pe. Cícero cresceu, tem até faculdades e shoppings, mas esqueceu de cuidar do saneamento e da drenagem das águas. Com apenas uma chuva mais forte, a cidade é despedaçada como se tivesse enfrentado um furacão.
   Sucessivos governos municipais passaram e a questão do saneamento foi literalmente varrida para debaixo do tapete. Muitos deles alegaram a falta de dinheiro ou a não-atribuição da prefeitura em relação à sua execução. Mas afinal, de quem é a responsabilidade pelo saneamento básico e drenagem de Juazeiro do Norte? Seria da Cagece? Ou do Governo Federal?
    Independente de quem seja esta prerrogativa, o estopim para a solução deste grave problema deve ser aceso pelos representantes do povo juazeirense. Nesta lista são incluídos o prefeito, os vereadores e os deputados estaduais e federais.
    Basta de brigas políticas, onde um torce pelo fracasso do outro. A cidade não pode mais esperar. O tapete está prestes a explodir.
     Não queremos um salvador da pátria. Necessitamos sim de uma verdadeira comunhão de forças!

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