segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

65 anos da chegada de Mons. Murilo como vigário da Mãe das Dores em Juazeiro.

   65 anos da chegada de Mons. Murilo como vigário da 

                     Mãe das Dores em Juazeiro.




  • A vida, escola onde não há férias, como nos ensina a observação de para choque de caminhão, Vai, lentamente , nos propondo maneiras novas de comportamento.

    -" para onde tu irás, fulano"?

    Sempre escutei:

    " só não quero ir para o ginásio do Crato, só não quero ficar em Juazeiro"

    Foi na Festa de São Sebastião, da Capela do Brejo-Seco, junto a conterrâneos e parentes, que Mons. Lima abriu o bico e disse que o Bispo lhe dava o jovem barbalhense, como auxiliar. A partir dessas notícias, não tivemos, mais tranquilidade. Á Colônia barbalhense em Juazeiro é organizada influente e representativa, porém, sem bairrismo. Acomodou-se cedo. Juazeiro é receptivo. Tempo houve em que o padre, o prefeito, o promotor, o juiz de Juazeiro eram barbalhenses que emprestavam seus talentos à terra do padre Cícero.
    Cheguei em Juazeiro no dia 06 de fevereiro de 1958, primeira quinta-feira do mês, as 15:00 hs, sendo logo levado de início ao confessionário, lugar que tomei como espaço para exercer o apostolado do perdão e misericórdia de Deus. Conduziram-me meu pai, tio Zuzinha e minha prima Leda Correia que me ofereceram seu jeep e sua amizade. Antes da volta para as confissões, depois de jantar na residência do Mons. Lima, à Rua Dr. Floro, as associações deram boas vindas ao cooperador. Agradeci e lhes disse que estava aqui, não porque quisesse, tivesse pedido, manifestasse vontade, mas porque o Bispo me havia designado. Quero mostrar o aspecto teólogico do envio. Não me entenderam bem e, depois, sugeriram-me tentasse dar explicações. Recusei-me. Esta preocupação de não acomodar a pastoral às bajulações e subserviência marcaria meu comportamento, até hoje. Pago caro, porque sou refratário à tribulação e acapachamento. À noite, diante do Santíssimo Sacramento, como todas as demais quintas-feiras, coloquei ao Senhor minha consagração a este povo. A hora Santa foi rezada sem som, ao seco. Aquelas palavras
    -" As oliveiras do Horto refletem ao pálido clarão da lua uma sombra sinistra. É noite. Jesus está Só!"
    Adaptava-as à minha situação, pedindo a Nossa Senhora das Dores que me ajudasse a ser fiel.

    • Não foi Juazeiro que me fez devoto de Nossa Senhora das Dores. Já a amava, muito.

      Baía, minha tia mais velha, mãe cristã em Barbalha, já me ensinava a vê-la forte, ao pé da Cruz. A partir daquele primeiro instante, fui doado ou emprestado à Paróquia, para servir.
      Sá Barreto, Francisco Murilo.
      Testemunho, Serviço e Fidelidade. 1998.

    • O paroquiato com Mons. Lima durou, em termo de provisão canônica de 28 de janeiro de 1958, com chegada a Juazeiro, à tarde de 6 de fevereiro de 1958, até maio de 1962, quando Mons. Lima não gozou mais de saúde necessária para garantir a tarefa e as obrigações se acumularam na pessoa do padre Murilo. Entretanto, Mons. Lima continuou provisionado pároco até a minha nomeação como vigário ecônomo, datada de 28 de fevereiro de 1976. A partir de então, assumi, de direito e de fato, a condução paroquial de Nossa Senhora das Dores, na galeria de seus eméritos guias espirituais:- Mons. Esmeraldo, Mons. Macedo, Mons. Lima, Mons. Joviniano.
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    • colaborador: Elias Romeiro

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