sábado, 10 de julho de 2010

JUAONLINE - A VITRINE DA HISTORIA DE JUAZEIRO - PÁGINA 2

Sempre lembranças: Aeroporto

J. Ronald Brito

Hoje, quando leio nos jornais informações sobre a necessidade de reformas no Aeroporto Regional do Cariri, em Juazeiro do Norte, volto no tempo e lembro-me do antigo Campo de Pouso dessa cidade, que também era chamado de Aeroporto. Ficava no final da Rua São Pedro, onde se estabeleceram o quartel do IIº Batalhão de Polícia Militar, o Shopping Cariri e a Rodoviária.

A cidade à época não possuía sistema de abastecimento d'água, nem poços profundos; a água era obtida em cacimbas. O nosso "campo", além de pousos e decolagens, possuía uma atração a mais, a cacimba mais profunda do município com 130 palmos, se não me falha a memória.

Naquele passado, os meus pais ainda moravam no sítio Pau Seco, a meia distância entre Juazeiro e Crato, pela estrada velha do Salgadinho. Da alta calçada que circundava nossa casa, assistíamos sem muito esforço, os sobrevoos dos DC-3, Piper; Bonanza etc., sobre o brejo, fazendo o procedimento de aproximação para o pouso.

Anos depois e já morando em Juazeiro, acompanhei a construção do novo Aeroporto em direção de Missão Velha, depois da Timbaúba e no futuro bairro Aeroporto.

O empreiteiro da terraplanagem da pista e de outros equipamentos foi o Sr. Joaquim Andrade, que era amigo do meu pai e uma pessoa de fino trato; só andava de paletó e gravata borboleta. Era costume seu nos finais de semana lotar a carroceria de uma caçamba com adolescentes amigos de seus filhos e, ele mesmo dirigindo, levá-los para visitar o canteiro de obras. Fui premiado umas duas vezes!

Nos dias atuais, o Aeroporto já não comporta a demanda de passageiros e um novo deverá ser construído no seu lugar, pela Infraero, pois para tanto o Governo do Estado já fez a doação ao Governo Federal, daquelas instalações.

Que se projete e se construa um aeroporto moderno, que possa atender às necessidades da região por, pelo menos, mais cinquenta anos.

 

Igrejas de Juazeiro

Esta é a Capela de Santa Teresinha, localizada no Bairro Salesianos e pertencente à Paróquia do Sagrado Coração de Jesus. Seu estilo arredondado é único na arquitetura de templos religiosos católicos em Juazeiro do Norte.

 

 

 

 

Jerônimo Freire dos Santos nasceu no dia 27 de maio de 1931, em Juazeiro do Norte. Na adolescência trabalhou na roça, para ajudar a família; posteriormente, trabalhou em uma padaria; aprendeu o ofício de sapateiro, tendo desenvolvido trabalhos neste setor. Seu primeiro emprego foi na Casa Alencar, onde permaneceu durante nove anos, sem gozar férias. Depois passou a trabalhar na Farmácia Souza, em companhia de seu padrinho Antônio Ferreira de Souza, proprietário do citado estabelecimento. Com o falecimento do seu padrinho, Jerônimo tornou-se sócio proprietário da farmácia e passou a viver como farmacêutico, transformando-a  numa das mais conceituadas na época em nossa cidade. Jerônimo era casado com Maria Nazareth Secundo dos Santos (carinhosamente tratada por Lourdinha), com quem teve cinco filhos: Humberto (falecido), Antônio, Jeane, Andréa e Jerônimo Junior. Embora não tenha ocupado cargos políticos foi um homem público. Ocupou vários cargos de diretoria do Lions Clube, entre os quais presidente, vice-presidente; secretário, tesoureiro e vice-governador. Também prestou relevantes serviços à APAE, Associação Comercial e sempre se apresentou como voluntário para participar de campanhas em prol da coletividade juazeirense.  Era realmente uma pessoa dedicada, não media esforços para o trabalho e ajudava sempre as instituições filantrópicas, como Abrigo dos Idosos, Orfanato Jesus Maria José, dentre outras. Era também muito religioso, tendo pertencido à Congregação Mariana. Jerônimo morreu vítima de um acidente automobilístico, ocorrido no dia 09 de junho de 1986, no município de Patos, PB. Está sepultado em Juazeiro. Em sinal de agradecimento pelos seus relevantes serviços prestados à comunidade tem uma rua e uma escola batizadas com seu nome.

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