sábado, 25 de maio de 2024

SOLENIDADE DA SANTISSIMA TRINDADE - Texto de Dom Samuel-OSB

Nesta vida, há coisas que facilmente compreendemos, como há outras que compreendemos com certa dificuldade, ainda que cheguemos finalmente a compreendê-las. Outras há, porém que jamais poderemos compreender, entre as quais, o mistério excelso que a Igreja hoje celebra, ocupa sem nenhuma contestação o lugar mais elevado.


Se há pois, um mistério da fé,  a cuja abissal profundidade nenhuma inteligência criada jamais terá acesso é o que neste domingo  a Igreja põe diante dos nossos olhos, não tanto para que o investiguemos, o que seria louca e insensata temeridade, mas para que, iluminados pela luz sobrenatural da fé, adoremo-lo com suma humildade. Que diremos nós sobre o que não nos é dado compreender?

Nós cristãos, somos batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, razão pela qual nossa fé consiste na Trindade. O Deus em que cremos e ao qual servimos, o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, é desde sempre e para sempre, o Pai que tem um só Filho, o Filho que tem um único Pai e o Espírito do Pai e do Filho. Este é o nosso Deus, o único e verdadeiro Deus, não havendo outro além dele, o Deus que progressivamente ao longo de várias etapas, foi se dando a conhecer ao gênero humano como Trindade. Na chamada “hierarquia das verdades de fé”, a Trindade ocupa o ponto culminante, sendo ela a fonte luminosíssima donde todas as demais verdades divinas promanam.

Foi Jesus Cristo, o eterno Filho unigênito de Deus feito homem quem nos revelou que há um Pai de quem ele é o Filho único e que só ele é Filho relativamente a este Pai do qual na eternidade nasceu de modo inefável. Eis porque ele disse: “Ninguém conhece o Filho senão o pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem ele o quiser revelar.”

Várias vezes o Filho encarnado afirmou que era Deus como o Pai e com ele: “Eu e o pai somos um”, disse ele uma vez, e noutra ocasião afirmou: “Antes que Abraão fosse eu sou.” E São Paulo disse que “ele tinha a condição divina.”

Acerca do Espírito Santo, a Igreja confessa que ele é Senhor que dá a vida, procedendo do Pai e do Filho,  sendo com os dois adorado e glorificado e recebendo com ambos o mesmo culto de adoração devido apenas as três divinas pessoas.

As palavras finais de uma das cartas de Paulo são estas: “A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo...”(2Cor 13, 13) e logo no início da primeira carta de Pedro lemos: “Eleitos segundo os desígnios de Deus pai, pela santificação do Espírito para obedecer a Jesus Cristo...” (1Pd, 1, 1)

O santo padre Paulo VI disse deste insondável mistério que ele “supera infinitamente tudo o que nós podemos compreender dentro do limite humano.” O pai é Deus; o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus, não sendo, todavia, três deuses, senão um só Deus. Cada um considerado em si mesmo é Deus todo inteiro; Deus os três considerados juntos. O filho não é o Pai, mas é Deus com o pai, podendo-se dizer o mesmo do Espírito do Pai e do Filho, o qual, não sendo nem Pai nem Filho, é, contudo, Deus com ambos.

Na plenitude dos tempos, o eterno Pai, a primeira pessoa, enviou ao mundo seu eterno Filho, pelo qual tudo criara, para que ele, feito homem, revelasse ao mundo o inefável mistério trinitário, eterna comunhão de amor infinito entre os três. O Filho, a Revelação plena, definitiva e insuperável do Pai, nos disse e ensinou por seus atos e palavras quem é Deus. Por fim, veio o Espírito Santo, o qual falou pelos profetas antes da Encarnação do Filho, fecundou o seio de Maria para que ela gerasse o filho de Deus feito homem, veio sobre ele em forma de pomba no dia do seu batismo tendo pousado em forma de línguas de fogo sobre os apóstolos no sagrado dia de Pentecostes, quando nasceu a santa Igreja.

A Igreja que hoje celebra o grande mistério de sua fé, convida  seus filhos e filhas dispersos por toda a terra a que com ela adorem reverentes neste domingo  o Pai que nos criou, o Filho que nos remiu e o Santo Espírito, doce consolador que nos santifica, o Deus único e verdadeiro, que é, que era e que vêm e que vive agora e reina para sempre, pelos séculos dos séculos. Amém.

 , como há outras que compreendemos com certa dificuldade, ainda que cheguemos finalmente a compreendê-las. Outras há, porém que jamais poderemos compreender, entre as quais, o mistério excelso que a Igreja hoje celebra, ocupa sem nenhuma contestação o lugar mais elevado.

Se há pois, um mistério da fé,  a cuja abissal profundidade nenhuma inteligência criada jamais terá acesso é o que neste domingo  a Igreja põe diante dos nossos olhos, não tanto para que o investiguemos, o que seria louca e insensata temeridade, mas para que, iluminados pela luz sobrenatural da fé, adoremo-lo com suma humildade. Que diremos nós sobre o que não nos é dado compreender?

Nós cristãos, somos batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, razão pela qual nossa fé consiste na Trindade. O Deus em que cremos e ao qual servimos, o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, é desde sempre e para sempre, o Pai que tem um só Filho, o Filho que tem um único Pai e o Espírito do Pai e do Filho. Este é o nosso Deus, o único e verdadeiro Deus, não havendo outro além dele, o Deus que progressivamente ao longo de várias etapas, foi se dando a conhecer ao gênero humano como Trindade. Na chamada “hierarquia das verdades de fé”, a Trindade ocupa o ponto culminante, sendo ela a fonte luminosíssima donde todas as demais verdades divinas promanam.

Foi Jesus Cristo, o eterno Filho unigênito de Deus feito homem quem nos revelou que há um Pai de quem ele é o Filho único e que só ele é Filho relativamente a este Pai do qual na eternidade nasceu de modo inefável. Eis porque ele disse: “Ninguém conhece o Filho senão o pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem ele o quiser revelar.”

Várias vezes o Filho encarnado afirmou que era Deus como o Pai e com ele: “Eu e o pai somos um”, disse ele uma vez, e noutra ocasião afirmou: “Antes que Abraão fosse eu sou.” E São Paulo disse que “ele tinha a condição divina.”

Acerca do Espírito Santo, a Igreja confessa que ele é Senhor que dá a vida, procedendo do Pai e do Filho,  sendo com os dois adorado e glorificado e recebendo com ambos o mesmo culto de adoração devido apenas as três divinas pessoas.

As palavras finais de uma das cartas de Paulo são estas: “A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo...”(2Cor 13, 13) e logo no início da primeira carta de Pedro lemos: “Eleitos segundo os desígnios de Deus pai, pela santificação do Espírito para obedecer a Jesus Cristo...” (1Pd, 1, 1)

O santo padre Paulo VI disse deste insondável mistério que ele “supera infinitamente tudo o que nós podemos compreender dentro do limite humano.” O pai é Deus; o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus, não sendo, todavia, três deuses, senão um só Deus. Cada um considerado em si mesmo é Deus todo inteiro; Deus os três considerados juntos. O filho não é o Pai, mas é Deus com o pai, podendo-se dizer o mesmo do Espírito do Pai e do Filho, o qual, não sendo nem Pai nem Filho, é, contudo, Deus com ambos.

Na plenitude dos tempos, o eterno Pai, a primeira pessoa, enviou ao mundo seu eterno Filho, pelo qual tudo criara, para que ele, feito homem, revelasse ao mundo o inefável mistério trinitário, eterna comunhão de amor infinito entre os três. O Filho, a Revelação plena, definitiva e insuperável do Pai, nos disse e ensinou por seus atos e palavras quem é Deus. Por fim, veio o Espírito Santo, o qual falou pelos profetas antes da Encarnação do Filho, fecundou o seio de Maria para que ela gerasse o filho de Deus feito homem, veio sobre ele em forma de pomba no dia do seu batismo tendo pousado em forma de línguas de fogo sobre os apóstolos no sagrado dia de Pentecostes, quando nasceu a santa Igreja.

A Igreja que hoje celebra o grande mistério de sua fé, convida  seus filhos e filhas dispersos por toda a terra a que com ela adorem reverentes neste domingo  o Pai que nos criou, o Filho que nos remiu e o Santo Espírito, doce consolador que nos santifica, o Deus único e verdadeiro, que é, que era e que vêm e que vive agora e reina para sempre, pelos séculos dos séculos. Amém.

 


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