quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Fóssil de planta inédito encontrado no Cariri : Arlenea Delicata

 Pesquisa financiada pela Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP) resulta em publicação de uma nova espécie de planta para a Bacia do Araripe, Ceará, que representa a mais completa madeira fóssil de conífera do Cretáceo Brasileiro.

Imagem faz a reconstituição da espécie de planta fóssil que existiu há cerca de 120 milhões de anos no Ceará — Foto: Divulgação/Universidade Regional do Cariri


A nova espécie de planta, denominada Cratoxylon placidoi, foi publicada em uma importante revista internacional especializada em Paleobotânica (Review of Palaeobotany and Palynology).

A pesquisa foi liderada pela paleobotânica Dra. Domingas Maria da Conceição, pesquisadora visitante do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens (MPPCN-URCA), em colaboração com a paleobotânica e professora da URCA, Dra. Maria Edenilce Peixoto Batista, e Dra. Naiara Cipriano Oliveira, também pesquisadora visitante do MPPCN. Além disso, o estudo conta com a parceria e colaboração de renomados pesquisadores brasileiros, como Dr. Roberto Iannuzzi, Dra.Alexandra Mastroberti e Dr. William Vieira Gobo (UFRGS) e paleobotânicos estrangeiros, como Marion Bamford (University of the Witwatersrand, Johannesburg, África do Sul) e Lutz Kunzmann (Abteilung Museum für Mineralogie und Geologie, Senckenberg, Alemanha).

O nome do gênero, Cratoxylon, faz referência à unidade geológica (Formação Crato) onde o espécime fóssil foi encontrado. Já o epíteto específico “placidoi” é em homenagem a Plácido Cidade Nuvens, sociólogo e professor da URCA, que trabalhou intensamente para a criação do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens.

Segundo a coordenadora da pesquisa, Domingas Conceição, a nova espécie representa uma importante descoberta para a Paleobotânica brasileira e mundial, e representa o mais completo registro de madeira fóssil do Cretáceo brasileiro. Para a descrição desse novo componente da paleoflora da Bacia do Araripe, foram investigadas as microestruturas da planta que não são observáveis a olho nu. As análises foram feitas com auxílio de Microscopia Eletrônica de Varredura e Microscopia ótica.
fonte: gazetadocariri /G1

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