quinta-feira, 17 de maio de 2012

Progresso para todos - Dr. Paulo Leonardo Celestino

Juazeiro do Norte vive um momento de muitas transformações. Grandes marcas nacionais e internacionais desembarcam com suas lojas, hipermercados e concessionárias. Faculdades públicas e particulares são construídas tornando a cidade um centro universitário. Praticamente toda semana acontece um lançamento de novo arranha-céu, seja comercial ou residencial. E sua população adquire novos hábitos e costumes nesta nova realidade de metrópole regional.
Diante de tanto progresso, existe ainda um pedaço de Juazeiro que vive praticamente no esquecimento: a zona rural. Com a agricultura praticamente inexistente, Juazeiro não dá a atenção devida a localidades como o São Gonçalo, Sabiá e Gavião. A começar pelo acesso: nenhuma vila dispõe de uma via asfaltada, todas se ligam à sede do município por estradas carroçais.
Com um acesso ruim, o progresso não chega. Comércio enfraquecido, dificuldade na locomoção de estudantes, professores e profissionais da saúde, principalmente em tempos chuvosos, são algumas das inúmeras dificuldades enfrentadas por estas localidades.
Com a especulação imobiliária nas alturas e os espaços urbanos cada vez mais reduzidos, o poder público vai perdendo a oportunidade de promover uma nova fronteira de desenvolvimento por pouco investir na totalidade do território juazeirense. Com mais infraestrutura na zona rural, poderia se pensar até em hotéis temáticos, os famosos resorts. Por que não? Estariam bem próximos do aeroporto e trariam emprego e renda para a população em volta.
Mas enquanto os governos demoram a agir, a sociedade começa a se mobilizar. Recentemente uma associação comunitária propôs um projeto de construção de uma rodovia ligando Juazeiro do Norte a Missão Velha a partir do Aeroporto Regional do Cariri. Uma ideia excelente, porque além do seu objetivo principal – interligar o aeroporto à Ferrovia Transnordestina para otimizar nossa cadeia produtiva – haveria o benefício direto para os moradores das localidades do Gavião, Sabiá, Brejo Seco, dentre outras. Falta ainda um maior apoio político para a concretização do projeto, mas já é um começo.
Precisamos cobrar dos nossos governantes a promoção do desenvolvimento humano por igual. Neste ano tão especial e decisivo de eleições, reflitamos e analisemos as melhores propostas. Lembremos também da zona rural!
 

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