terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

66 anos da chegada de Mons. Murilo como Vigário da Mãe das Dores em Juazeiro

 Monsenhor Murilo : Vigário do Nordeste ou o Vigário Romeiro

  • 66 anos da chegada de Mons. Murilo como vigário da mãe das Dores em Juazeiro.
    A vida, escola onde não há férias, como nos ensina a observação de para choque de caminhão, Vai, lentamente , nos propondo maneiras novas de comportamento.

    -" para onde tu irás, fulano"?
    Sempre escutei:
    " só não quero ir para o ginásio do Crato, só não quero ficar em Juazeiro "
    Foi na Festa de São Sebastião, da Capela do Brejo-Seco, junto a conterrâneos e parentes, que Mons. Lima abriu o bico e disse que o Bispo lhe dava o jovem barbalhense, como auxiliar. A partir dessas notícias, não tivemos, mais tranquilidade. Á Colônia barbalhense em Juazeiro é organizada influente e representativa, porém, sem bairrismo. Acomodou-se cedo. Juazeiro é receptivo. Tempo houve em que o padre, o prefeito, o promotor, o juiz de Juazeiro eram barbalhenses que emprestavam seus talentos à terra do padre Cícero.
    Cheguei em Juazeiro no dia 06 de fevereiro de 1958, primeira quinta-feira do mês, as 15:00 hs, sendo logo levado de início ao confessionário, lugar que tomei como espaço para exercer o apostolado do perdão e misericórdia de Deus. Conduziram-me meu pai, tio Zuzinha e minha prima Leda Correia que me ofereceram seu jeep e sua amizade. Antes da volta para as confissões, depois de jantar na residência do Mons. Lima, à Rua Dr. Floro, as associações deram boas vindas ao cooperador. Agradeci e lhes disse que estava aqui, não porque quisesse, tivesse pedido, manifestasse vontade, mas porque o Bispo me havia designado. Quero mostrar o aspecto teólogico do envio. Não me entenderam bem e, depois, sugeriram-me tentasse dar explicações. Recusei-me. Esta preocupação de não acomodar a pastoral às bajulações e subserviência marcaria meu comportamento, até hoje. Pago caro, porque sou refratário à turibulação e acapachamento. À noite, diante do Santíssimo Sacramento, como todas as demais quintas-férias, coloquei ao Senhor minha consagração a este povo. A hora Santa foi rezada sem som, ao seco. Aquelas palavras
    -" As oliveiras do Horto refletem ao pálido clarão da lua uma sombra sinistra. É noite. Jesus está Só!"
    Adaptava-as à minha situação, pedindo a Nossa Senhora das Dores que me ajudasse a ser fiel.


    • '"
      Não foi Juazeiro que me fez devoto de Nossa Senhora das Dores. Já a amava, muito. Baía, minha tia mais velha, mãe cristã em Barbalha, já me ensinava a vê-la forte, ao pé da Cruz. A partir daquele primeiro instante, fui doado ou emprestado à Paróquia, para servir.
      O paroquiato com Mons. Lima durou, em termo de provisão canônica de 28 de janeiro de 1958, com chegada a Juazeiro, à tarde de 6 de fevereiro de 1958, até maio de 1962, quando Mons. Lima não gozou mais de saúde necessária para garantir a tarefa e as obrigações se acumularam na pessoa do padre Murilo. Entretanto, Mons. Lima continuou provisionado pároco até a minha nomeação como vigário ecônomo, datada de 28 de fevereiro de 1976. A partir de então, assumi, de direito e de fato, a condução paroquial de Nossa Senhora das Dores, na galeria de seus eméritos guias espirituais:- Mons. Esmeraldo, Mons. Macedo, Mons. Lima, Mons. Juviniano." 

    • Sá Barreto, Francisco Murilo.
      Testemunho, Serviço e Fidelidade. 1998. 
    • colaborador @elias_romeiro

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