quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A magia das romarias em Juazeiro do Norte - Por Paulo Leonardo Celestino


Dizem que a sociedade ocidental está mais materialista e individualista. A ciência e o saber humano cada vez mais avançado faria a religiosidade se tornar gradativamente obsoleta. Isto pode acontecer em alguns lugares, mas não no interior deste imenso Brasil, especificamente o nordestino, tendo como epicentro Juazeiro do Norte.

As romarias que acontecem nesta cidade constituem um verdadeiro fenômeno, começaram no episódio do "milagre da hóstia' no século XIX e de lá para cá só têm crescido. Não adiantou a Igreja da época perserguir o padre Cícero, não tiveram efeito o passar dos anos, e nem a chegada do rádio e televisão.

A cada ano são mais e mais ônibus e caminhões trazendo milhares de pessoas, desde o humilde agricultor até o turista convencional, que vem por curiosidade em conhecer a terra do padim nestes dias especiais. Mas todos têm algo em comum, são rostos felizes cheios de fé e esperança, rostos que percorrem esta cidade santuário, crentes em estarem na sua terra prometida. Desconforto em ranchos, falta d'água, sol forte... nada importa. Só estar em Juazeiro do Norte já vale a pena. Que efeito mágico esta cidade exerce!

Não há como não se contagiar e se emocionar na hora da despedida em que todos levantam o chapéu e cantam: Adeus, adeus, adeus Maria... É de encher os olhos de lágrimas.

Os romeiros nos escolheram como parte de suas famílias, é de suma obrigação trabalharmos para sempre melhor acolhermos nossos nobres visitantes. Mas voltando ao início da discussão, romaria é coisa de gente ignorante e desinformada? Claro que não, é algo que exprime vários dos sentimentos nobres dos seres humanos: união, compaixão, esperança, fraternidade. Seria idolatria ao padre? Absurdo! É reverência a alguém que foi o exemplo, o modelo.

Agora é o fim da romaria de Nossa Senhora das Dores de 2011, os ônibus começam a partir. Desde já, agradecemos pela visita. Até logo irmãos romeiros, até o ano que vem. Sejam sempre bem vindos a Juazeiro do Norte, terra do Pe. Cícero.
(Paulo Leonardo Celestino, odontólogo juazeirense)

2 comentários:

Anônimo disse...

Gostaria de dizer que apesar da falta de aspas na expressão "padim", foi um ótimo texto que consegue englobar alguns dos vários sentimentos de romeiros e turistas que visitam a cidade. gostaria de observar também que a forma do texto argumentativo do primeiro parágrafo foi o que me encantou e fez eu ler o resto do texto, apesar do final ser um pouco meloso e de condizer pouco com sua forma de escrita do primeiro parágrafo, entretanto.Impecável.BOA ESCOLHA.
PEDRO ANDRADE

Anônimo disse...

Gostaria de dizer que apesar da falta de aspas na expressão "padim", foi um ótimo texto que consegue englobar alguns dos vários sentimentos de romeiros e turistas que visitam a cidade. gostaria de observar também que a forma do texto argumentativo do primeiro parágrafo foi o que me encantou e fez eu ler o resto do texto, apesar do final ser um pouco meloso e de condizer pouco com sua forma de escrita do primeiro parágrafo, entretanto.Impecável.BOA ESCOLHA.
PEDRO ANDRADE