terça-feira, 31 de agosto de 2010

Geopark apóia iniciativas de Educação Ambiental no geossítio Colina do Hort


A Fundação Educativa
Salesiana promove no período de 31/08 a 04/09, em Juazeiro do Norte, o
curso "Produção de Mudas Frutíferas" para a comunidade do geossítio
Colina do Horto e estudantes. O projeto funciona em parceria com a
Ematerce, com o apoio do Geopark Araripe, SEPLAG e Escola Ambiental.

O
curso é dividido em dois momentos: em aulas teóricas e práticas,
realizadas nos viveiros na área do Horto. Esse curso é parte do Projeto
Piloto do Éden, trabalho que tem a intenção de reflorestar o entorno do
Horto com plantas frutíferas.

25 pessoas fazem participam das
aulas. São alunos da Escola Sebastião Teixeira Lima e comunidade local.
Os temas trabalhados são os mais variados: enxerto e poda, utilização de
produtos naturais e sistema de coveamento e reciclagem de lixo.

A
abertura aconteceu esta manhã com exibição do vídeo "Preparação de
mudas e enxertia" e contou com a presença de representantes da Fundação
Educativa Salesiana Padre Cícero, Geopark Araripe, Ematerce, Escola
Ambiental e pessoas da comunidade.



Créditos

Texto:
Assessoria de Comunicação
Fotografia: Flaviana Santos

domingo, 29 de agosto de 2010

DANIEL WALKER SAI DA COMISSÃO DO CENTENÁRIO

Daniel Walker pediu afastamento da Comissão do Centenário de Juazeiro, conforme carta enviada ao presidente da Comissão, Dr. Geraldo Menezes Barbosa, a qual tem o seguinte teor:

Juazeiro do Norte, 23 de agosto de 2010

 

Ilmo. Sr.

Dr. Geraldo Menezes Barbosa,

DD.Presidente da Comissão do Centenário de Juazeiro Nesta

 

Senhor Presidente,

            Com a minha participação efetiva em todas as reuniões realizadas pela Comissão do Centenário apresentando e discutindo ideias para enriquecimento dos festejos do Centenário de Juazeiro do Norte, e tendo recentemente lançado meu livro História da independência de Juazeiro do Norte, o qual está obtendo excelente repercussão, acredito ter dado a minha contribuição para o brilhantismo do magno evento e, por isso, estou com a consciência tranquila por não ter ficado omisso.

            Sendo assim, quero, nesta oportunidade, comunicar o meu afastamento como membro dessa Comissão, para a qual fui nomeado em 4 de fevereiro de 2009 pelo Exmo. Sr. Prefeito Municipal.

            Agradeço pela confiança em mim depositada e desejo a todos os Membros um feliz trabalho.

 

Atenciosamente,

 

Daniel Walker Almeida Marques

 




FESTIVAL DE HINOS

A Secretaria de Educação de Juazeiro do Norte, através do Departamento de Planejamento e Gestão, promove na sexta-feira, 27, a partir das 8 horas, na quadra professor Santana, Festival de Hinos das unidades escolares municipais. A apresentação é o resultado do trabalho desenvolvido por professores e alunos, desde março do ano passado. São 7 escolas da zona rural e 14 da urbana, envolvendo 400 alunos da rede pública municipal de ensino. Juntos, professores e alunos escreveram música, letra e  melodia. E na apresentação tocaram os instrumentos e cantaram suas composições. O festival é inédito na região e mobilizará além de alunos e professor es, os pais, a secretaria no todo, e terá como convidado o prefeito Dr. Santana. O principal objetivo do festival é valorizar a comunidade escolar e o local de ensino, para que, através da contextualização entre as disciplinas, o aprendizado dos alunos seja completo. 

 



sábado, 28 de agosto de 2010

ZONA SUL ENTREVISTA LUDUGERO DO CEARÁ (ARTISTA JUAZEIRENSE)

O subtenente Jeová Oliveira costuma desempenhar suas atividades no Centro de Convenções Edson Queiroz, em Fortaleza. Foi lá que o conheci, durante a última Bienal Internacional do Livro do Ceará. Ele analisava com cuidado uma cópia colorida da Lei Áurea. Conversamos um pouco. Apesar de estar usando sua farda de policial militar, Jeová esbanjava bom humor. Não havia nele a sisudez costumeira dos homens forjados na luta contra o crime. Em poucos instantes descobri que Jeová tinha uma boa história para contar. Marcamos a entrevista para o dia seguinte. Quando ele começou a falar, percebi que tinha acertado ao apostar que aquela seria uma excelente conversa. Ele falou do Jeová da PM acostumado a testemunhar as mais diferentes tragédias e diversos tipos de crime. Também contou dos temos de criança em Juazeiro do Norte, quando viveu na cidade respirando a presença espiritual de Padre Cícero. Foi lá também onde ele conheceu o homem que depois virou famoso personagem de histórias em cordel, Seu Lunga. Enfim, Jeová mostrou seu lado de Coronel Zé Lotero, o Coronel Ludugero do Ceará. (robertohomem@gmail.com:
ZONA SUL – Como é o seu nome completo?
JEOVÁ – José Jeová de Oliveira.
ZONA SUL – Onde você nasceu? JEOVÁ – Na cidade de Juazeiro do Norte, aqui no Ceará.
LEIA A ENTREVISTA COMPLETA NO SEGUINTE ENDEREÇO:
http://zonasulnatal.blogspot.com/2010/08/entrevista-jeova-oliveira.html

ZECA MARQUES HOSPITALIZADO

Ainda é grave o estado de saúde do Sr. José Marques da Silva, 97 anos, mais conhecido como Zeca Marques, pai do editor deste blog. Ele continua na UTI da Casa de Saúde São José em Juazeiro do Norte acometido de insuficiência renal e infecção pulmonar, onde foi internado há sete dias. Agradecemos nesta oportunidade as manifestações de apreço e solidariedade recebidas dos amigos.

Metrô dá prejuizo

O governo do estado está informando que o Metrô do Cariri está dando prejuízo. Também pudera! Mal planejado desde o começo, não poderia dá outro resultado. Vários fatores contribuem para que o Metrô não tenha dado lucro até agora, dentre eles podemos citar dois: 1) as estações de Juazeiro ficam muito distante do centro comercial da cidade e 2) é preciso ampliar o número de estações, fazendo extensões para o Aeroporto Orlando Bezerra e o Campus Cariri da Universidade Federal do Ceará. O transporte é bom, o preço da passagem também, mas só isso não foi suficiente para o projeto dá certo. A estação do Crato fica muito perto do Centro. É preciso, pois repensar o projeto.

Oficina do Meu Padim comemora um ano colocando costureiras no mercado juazeirense

O projeto Oficina do Meu Padim completa um ano neste dia 4 de setembro comemorando os resultados positivos e iniciando as aulas para a quarta turma. Francisco de Assis Barbosa, de 36 anos, trocou a vida de caminhoneiro por costureiro e já está montando a sua própria fábrica de confecções. Outro exemplo é o de Raimunda dos Santos Bezerra, mais conhecida como Cida. Quando adquiriu a primeira máquina de costura, após o curso, o marido não gostou da idéia. Hoje é entusiasta, se juntou à mulher nos negócios e já planejam a compra da terceira máquina. A iniciativa do prefeito Manoel Santana versa sobre cursos de corte e costura industrial feminino em um atelier que funciona na Rua do Seminário, 435 no Centro de Juazeiro do Norte. A quarta turma começou nesta segunda-feira (23) com 40 pessoas, sendo 20 por turno para um curso com duração de 100 horas ou quase dois meses. Segundo a coordenadora da Oficina do Meu Padim, Maria do Socorro Souza Farias, pelo menos 26 pessoas já se formaram tendo muitas montado seu próprio negócio ou se inserido no mercado de trabalho.Ela é uma das duas instrutoras e adiantou sobre os planos do prefeito Santana em comprar mais máquinas em virtude da elevada procura pelo curso já existindo, inclusive, um cadastro de reserva. Ele tenciona ainda ampliar a atuação para outras áreas como pintura e artesanato o que determinaria a troca de endereço em nome de um imóvel mais amplo. O Secretário do Desenvolvimento, Turismo e Romarias, José Carlos dos Santos, é defensor de mais treinamentos e capacitações de olho na preparação para o mercado de trabalho. (Texto e fotos de Demontier Tenório)

Festa de Nossa Senhora das Dores começa neste domingo

A Secretaria do Desenvolvimento, Turismo e Romarias já arregimenta o seu pessoal para a festa em louvor à Nossa Senhora das Dores. A programação começa neste domingo, dia 29, mas a chegada dos peregrinos em quantidade mais expressiva só acontece no período de 10 a 15 de setembro. Nesse período, segundo o titular da Sedetur, José Carlos dos Santos, todos estarão engajados num bom acolhimento aos fiéis que visitam Juazeiro do Norte.
Segundo disse, o prefeito Manoel Santana já determinou o envolvimento de todas as demais secretarias no receptivo aos romeiros. A abertura da festa se dará com uma carreata a partir das 8 horas pelas ruas da cidade conduzindo a imagem da Padroeira de Juazeiro. À noite, acontece a procissão das bandeiras e missa no pátio da Basílica Menor de Nossa Senhora. A terra de Padre Cícero aguarda cerca de 500 mil romeiros de vários estados nordestinos.
A Prefeitura de Juazeiro estará atenta em garantir a estrutura como a limpeza da cidade, a organização do trânsito, disponibilização de guardas municipais para apoiar o trabalho da segurança garantindo a tranqüilidade dos fiéis. Outras iniciativas estão relacionadas com o aumento na oferta do Restaurante Popular e a atenção com os serviços de saúde, além da locação de banheiros químicos e o trabalho da vigilância Sanitária e Secretaria de Assistência Social. O tema deste ano é: "Juazeiro do Centenário: Terra de Oração e Trabalho". (Texto de Demontier Tenório)

SESC CONVIDA


JUAZEIRO NOS MAPAS
A pergunta é simples: quando é mesmo que Joazeiro aparece no mapa? Ao simular a situação geográfica do sítio Joazeiro em 1827, Octávio Aires de Menezes elaborou um mapa que está apresentado abaixo. Revi raras plantas, cartas e mapas construídos entre a colonização do sul do Ceará, especialmente quando aí se fixam os Bezerra de Menezes, egressos de Sergipe e Pernambuco, até pelo menos o início do século XX. Consultei na Biblioteca Nacional (RJ), os seguintes documentos: 1. Carta da Capitania do Ceará, levantada por ordem do Governador Manoel Ignácio de Sampaio, por seu ajudante de ordem, Antonio Jozé da Silva Paulete, em 1818; 2. Carta Chorographica da Província do Ceará, com a divisão ecclesiastica e indicação da civil, e judiciária, até hoje, organizada pelo dr. Pedro Thèberge, em 1861; 3. Carta Corographica da Província do Ceará, organizada segundo os documentos existentes, sob os auspícios do ilustre cearense João Cordeiro, e pelo Bacharel e Engenheiro Civil, Antonio Gonçalves da Justa Araújo, em 1881; e 4. Província do Ceará - Carta Geographica pelo professor J. G. Dias Sobreira, de 1888. Tendo encontrado resultado positivo nas três últimas citações onde Joazeiro já aparece como povoação. Procurei refinar a busca para o período entre 1818 e 1861, exatamente porque, conforme a história oficial, dois membros da família Bezerra de Menezes (Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro e seu neto o Pe. Pedro Ribeiro da Silva) são apontados como os fundadores da povoação, a partir da qual seria, somente em 1911, o município, hoje centenário, de Juazeiro do Norte. Infelizmente não foi possível consultar: Carta corographica contendo as provincias de Alagoas, Pernanbuco, Parahiba, Rio Grande do Norte e Ceará..., publicada no Rio de Janeiro, por Heaton e Rensburg, em 1843; e Carta topographica e administrativa da provincia do Ceará erigida sobre os documentos mais modernos pelo Vcde. J. de Villiers de L'Ille Adam, gravada na lithografia Imperial de Vt. Larée, e editada no Rio de Janeiro por Firmin Didot Irmãos, Belin le Prieur e Morizot, em 1849, que são do período mencionado. A realidade é que, se os dois (Leandro e Pe. Pedro) puseram Joazeiro no mapa, coube ao outro cratense, Cícero Romão Baptista, por méritos sobejos de vida e obra, inserir este mesmo Joazeiro em diversas outras “cartas” que tornaram o burgo tão famoso. Indiscutivelmente, este trio de civilizadores assentaram as bases graduais com as quais uma simples fazenda galgou posições de povoação, vila, município, cidade e metrópole. Quando, efetivamente, a povoação de Joazeiro nasce em 15.09.1827, as descrições da tradição oral de velhos moradores e o que se encontra sobre a biografia dos fundadores permitiram que os artistas plásticos Geraldo Benigno, de Crato, e Assunção Gonçalves, de Juazeiro, nos anos 50 do século passado, colocassem em óleo sobre telas as suas concepções mostradas abaixo. Duas outras também podem ser encontradas: Agostinho Balmes Odísio, (alto relevo na Coluna da Hora - Praça Pe.Cícero), de 1937 e Marcus Jussier Sobreira de Figueiredo, óleo sobre tela, sem data (sem imagem aqui). Em todas estas criações encontramos os elementos comuns das narrativas: Capela, Engenho, Casa da família do Brigadeiro Leandro e algumas outras casas de moradores, com ligeira indicação de arruamento.

EXPOSIÇÃO DE XILOGRAVURAS EM SP JOÃO PEDRO DO JUAZEIRO

A Caixa Econômica Federal apresenta a partir de 4 de Setembro e até 17 de Outubro, a exposição Xilogravuras de João Pedro do Juazeiro, na CAIXA Cultural São Paulo (Serviço, abaixo). É a primeira mostra individual do artista cearense na capital paulista, e traz 47 xilogravuras coloridas. Com temas que passam religiosidade popular, a vida no sertão, a natureza, o trabalho, as festas e a figura do poeta Patativa do Assaré. Na opinião de Gilmar de Carvalho, um dos maiores especialistas em cultura popular do país e curador da mostra, o artista João Pedro Carvalho Neto – o João Pedro do Juazeiro – é “um dos mais expressivos xilógrafos brasileiros de extração popular”. Nascido em 1964, em Ipaumirim, interior do Ceará, o artista começou escrevendo literatura de cordel, nos anos 90 e, em seguida, passou a cortar as capas dos folhetos que publicava. Com o aperfeiçoamento de sua técnica, produziu xilogravuras de maiores formatos e álbuns temáticos. Segundo Gilmar de Carvalho, o uso da cor, nos trabalhos mais recentes, resultou em um eficiente salto de qualidade. Para ele, João Pedro é, ao mesmo tempo, renovador e seguidor da tradição dos artistas do cordel e da xilogravura, originária dos polos produtores de João Pessoa, Recife e Juazeiro do Norte. Uma tradição que nos deu nomes como Mestre Noza, Walderêdo Gonçalves, Antônio Batista, Stênio Diniz, Abraão Batista e nos dá, contemporaneamente, José Lourenço, Francorli e Nilo, dentre outros nomes expressivos, e presentes nas mostras e eventos ligados às artes em todo o Brasil. João Pedro do Juazeiro bebe dessa fonte inesgotável de fé, trabalho, festa e ecologia, criando trabalhos desde o início desta década. Faz xilogravuras de grandes formatos e com utilização da cor, o que dá às suas obras uma alegria e um aspecto de festa. “Pode-se pensar que sua obra, despretenciosa e sem pedantismos, dialoga com os azuis de Marc Chagall, com as bandeirinhas de Alfredo Volpi e com outros momentos das artes de todos os tempos e lugares”, comenta Gilmar de Carvalho. “Ele é um inovador da xilogravura. Como poucos, nestes dez anos em que passou a reinventar o mundo nas pranchas da madeira umburana, cortando sulcos, escavando e conseguindo as matrizes para a impressão de cangaceiros, beatos, bichos fantásticos, habitantes de um mundo maravilhoso, mágico e mítico, que migra do cordel, se imbrica com a cultura de massas e se atualiza em seu trabalho forte e denso, apesar da alegria e do caráter seminal de seu gesto criador”, completa o curador. Morando em Fortaleza desde 1999, o artista mantém os vínculos com a região do Cariri cearense, onde nasceu e se iniciou na grande arte da xilogravura. Em sua obra assistimos as vaquejadas, quermesses, festas de apartação do gado, plantios, colheitas, quadrilhas juninas, violeiros. A exposição Xilogravuras de João Pedro do Juazeiro, na CAIXA, mostra a permanência e a atualidade da xilogravura no contexto artístico nacional. Além da exposição, o artista também fará oficinas de xilogravura para grupo de vinte pessoas, de todas as idades.

UM POUCO DE HISTÓRIA
A xilogravura é uma técnica milenar chinesa que chegou à Europa, tendo sido usada, durante a Idade Média, para ilustrar pranchas de saltérios, orações e outros materiais produzidos ou reproduzidos pelos monges dos conventos. Foi apropriada pela Revolução de Gutemberg e logo estava ilustrando incunábulos e os primeiros livros produzidos pela humanidade, o que representou um salto de qualidade gráfica e uma ruptura com a cultura religiosa de então, pela possibilidade de publicação de material leigo. Como se sabe, houve interdição de impressão no Brasil, do descobrimento oficial, em 1500 até a chegada da Corte, fugindo de Napoleão, em 1808. Em um dos navios, veio uma maquinaria comprada para uma gráfica, que deveria funcionar em Lisboa. O material foi desembarcado e tivemos o primeiro jornal brasileiro, a “Gazeta do Rio de Janeiro”, em junho daquele mesmo ano. Com a liberação da impressão no Brasil, logo os jornais se disseminaram por todas as províncias. À medida que o equipamento se tornava obsoleto para os grandes centros, se interiorizava e, assim, se cumpria o ciclo capitalista que levou velhas máquinas para cidades distantes do poder político e econômico da época. No nordeste brasileiro (então chamado de norte), logo passaram a publicar folhetos nas horas em que estavam paradas e não imprimiam os jornais de conteúdo político tão acirrado. A oralidade estava difundida pela região, nos improvisos de violeiros e repentistas. Dessa forma, esse material chegou ao impresso, na Paraíba, em Pernambuco, no Ceará e tomou conta de todos os recantos. Com os poetas e editores, vieram os pregoeiros e logo a literatura popular, em verso, ganhou força de manifestação cultural, que unia os mitos indígenas ao panteão africano e à herança dos jograis e trovadores europeus. Com os folhetos, veio a necessidade de cortar ilustrações para as capas e, assim, entraram em atividade os santeiros, escultores e artesãos da região. Destacando-se, dali, grandes editores, poetas referenciais e notáveis xilógrafos. A crise do cordel, nos anos 1960, criou a necessidade de buscar outros formatos. Foi quando surgiram gravuras maiores e álbuns, serialização de um tema, onde o talento do artista precisava ser domado e se adequar às normas do mercado e das instituições culturais que faziam as encomendas de trabalhos para enriquecer seus acervos. O tempo passou, o cordel se revigorou e a xilogravura ganhou o status de obra de arte, sendo mostrada em museus, galerias de arte e fazendo parte de importantes coleções particulares e acervos públicos de todo o Brasil e do exterior.
SERVIÇO
Exposição Xilogravuras de João Pedro do Juazeiro. Abertura para convidados e imprensa: dia 4 de setembro de 2010, às 11h. Visitação: de 4 de setembro a 17 de outubro de 2010
Horário de visitação: de terça-feira a domingo, das 9h às 21h. Local: CAIXA Cultural São Paulo (Sé) - Galeria Humberto Betetto - Praça da Sé, 111 – Centro – São Paulo/SP Informações, agendamento de visitas mediadas e traslado (ônibus) para escolas públicas: (11) 3321-4400. Acesso para pessoas com necessidades especiais. Entrada: franca. Recomendação etária: livre. Patrocínio: Caixa Econômica Federal
Fonte: http://designinforma.blogspot.com/ (Texto e fotos de Renato Casimiro)
Visita da imprensa e clubes de serviços de Juazeiro do Norte ao Coronel Bayma Kerth, comandante da Policia Militar do Estado do Ceará na década de 70. Da esquerda para a direita: Wilton Bezerra, Cesinio Luiz de Brito, Abinadabe Bezerra, João Eudes e João Barbosa. Local: Quartel da PM em Juazeiro do Norte.(Foto do arquivo de Wilton bezerra). Clique na foto parea ampliar

domingo, 22 de agosto de 2010

POEMA PARA O CENTENÁRIO DE JUAZEIRO DO NORTE - Carlos Pontes

Juazeiro do Norte,


Centenária de lutas


E vocação de fé.


De povoação


À cidade - Um longo caminho.   


Caminho de lutas, divergências,


Intrigas, rancores, orgulhos, amores...


E nessa difícil partilha humana


Surge uma voz essencial:


Padre Cícero Romão Batista.


O santo padre


Trouxe um novo começo
E um novo conceito de pensar e agir.  
Percebeu com a sua sapiência
Que o Eu e o Sí
De um povo não construiria nada.  
Precisava de um mundo plural


Em razão dos clamores, dissabores.


Era como se tudo que


Esperassem fosse a finitude, a morte.


Ele sabia que haveriam caminhos.


Vários caminhos.
É certo que difíceis, tortuosos,
Mas, haveriam caminhos.
E se pôs a árduas trilhas
com a sua leitura divina
Evidenciando o que mais lhe intuía:


Fé.


E este homem,


este líder


Que mesmo a bons propósitos
Incomodou a muitos,
Mas certamente


Fugiu do escuro da ignorância


E levou consigo um povo:


O interior Nordestino.
E trouxe luz a Juazeiro do Norte,
Luz que emana cada vez mais
E que florescem verdades -
Que nem se precisa pensar.
Juazeiro do Norte,
Centenária de Lutas, vocação de fé.


Juazeiro do Norte de berço secular,


Nessa crença da razão,


De um homem


Que acreditou piamente.


Juazeiro do Norte


Hoje com luz própria


E que haverá de se perpetuar


Nesta feliz designação:


Centenário de Juazeiro do Norte


Do Padre Cícero Romão Batista.


 


Homenagem ao Centenário de Juazeiro do Norte


 Carlos Pontes


Revista Mambembe


Parnaíba-Pi



METROPOLIZAÇÃO - Por Renato Casimiro

Repitamos, para começar esta modesta reflexão, a definição batida de região metropolitana que
considera o conjunto de municípios contíguos e integrados socioeconomicamente a uma cidade
central, com serviços públicos e infra-estrutura comuns. Como bons sucupiranos, não vamos nos
perder com o “detalhe” que nos fala de uma cidade central. Vamos insistir na aceitação de alguns
pressupostos implícitos nos serviços públicos e infra-estrutura. Encarar este desafio, o de tirar bom
proveito para que à sombra do governo – e muito mais, para cobrar-lhe a atenção devida, à margem
da demagogia, é o papel que se reserva às comunidades para que avancem um pouco mais, na
direção de conquistas por uma melhor qualidade de vida. A metropolização de Juazeiro do Norte,
por exemplo, nos chega no exato momento em que nos consagramos gente de uma orfandade
política, gritante, de lideranças e de homens capazes para liderar as empreitadas desta batalha. Claro
que muita gente só pensa na inutilidade total deste discurso, pois na contra mão de suas aspirações,
caminham lépidos e fagueiros os boa vidas do parasitismo parlamentarista descarado. Renovados
pela desfaçatez, na falação destes dias, de que cumpriram o prometido, e como tal merecem ser
perpetuados na sua sinecura às custas da viúva e do contribuinte espoliado. Se considerarmos o
crescimento da urbanização, não só da vila de meu Padrinho, mas das cidades que integram a
proposta de metropolização caririense, veremos que as cidades, despreparadas, incharam a mais do
dobro do contingente populacional urbano nos últimos cinqüenta anos. A rigor, fomos todos
apanhados de surpresa, e não houve tempo para melhor preparação, nem para estabelecer serviços
públicos, e de infra-estrutura que respondesse à altura da demanda. Agora, nas promessas de
campanha, por aqueles que vão continuar prometendo verbas estaduais e federais, os planos
tangenciam o necessário. Fala-se de um tudo. Promessa é coisa boa pra político fazer em véspera de
quermesse. Evidente que queremos do ungido, todo poderoso, a honra a um compromisso com a
cidadania, com o cidadão e com as cidades. Evidentemente, não se mora na união. As cidades estão
esmolando nos gabinetes das administrações centralizadas do Estado e da União. Essa é uma
situação muito cômoda para quem tem chaves de cofre. Por qual propósito, senão eleitoreiro, se
abriria mão disto? Pelo cidadão, quem olhará melhor para a vergonha de uma tributação
escorchante, de mais de sessenta facadas? Pouco temos reparado para as soluções que vem de
pactos solidários, coisa de que os governos pouco entendem. Desconfio que a nação teria uma
enorme solução, na auto regulação de seus problemas. Mas, a bem da verdade, quando se substitui
isto por palavrório fácil e balela de conselho comunitário, o resultado já se vê. À cidadania,
mistifica-se a causa, atribuindo escala de valores que acintosamente se ensaia na troca de escalas
injustificadas. A defesa de minorias, a legalização de drogas, as cotas raciais, etc. Tudo volta a uma
pauta demagogicamente articulada, travestida de modernidade no discurso de candidato de ocasião.
Esta metropolização do Joazeiro que é preocupante, passa ao largo. Este é o presente de uma cidade
de médio porte, que se afirma como núcleo de um centro regional, a exemplo do que vem
acontecendo em diversos estados brasileiros. Isso só foi possível porque a indústria se tornou o setor
que domina, e dá sustentação à cidade como economicamente produtiva. Não há novidade. É a
constatação de que se necessitava para daí apreender-se um pouco mais sobre os arranjos produtivos
que poderiam integrar mais as ações de desenvolvimento. Às vezes é decepcionante saber que esta
responsabilidade social que incide sobre o hegemônico, infelizmente, ainda não se cobra, não tem o
menor exercício na hora de se tentar reverter as coisas graves do Cariri. “Problema deles. Nós, nem
aí.” Lamentável. E o futuro desta metrópole, no botão do dia 4 de outubro? Aperte-o pra valer

AEROPORTO: A LUTA CONTINUA

sábado, 21 de agosto de 2010


A foto mostra a Equipe de Esportes da Rádio Progresso, década de 1970. Da esquerda para a direita: João Eudes, José Airton (sobrinho de Coelho Alves) Paulo (técnico), Luís Carlos de Lima (narrador) e Wilton Bezerra (comentarista). Sentadas: Nevinha (esposa de João Eudes), Araci, (esposa de Wilton Bezerra), e Wilton Bezerra Jr., em pé. (Foto do acervo de Wilton Bezerra)


ESTÓRIAS DO MURILO

Tantos anos indo ao seu gabinete, eu via aquela imagem bonita na fotografia de dona Laudelina. Nunca falamos disso, de saudade, como tinha sido... Era reservadíssimo, silencioso. Recentemente, eu li um soneto que ele escreveu no início dos anos 50 e isto me disse tudo o que queria saber: Minha Mãe. Morta sublime! Oh! Minha santa morta.../ Há quanto tempo já que te pranteio / Que o teu carinho me não mais conforta / Nem mais me abrigas no teu casto seio! // Ah! Lembro-me ainda bem, segundo creio, / Pequenino, eu brincava ao pé da porta. / E, ao ver-te no caixão de flores cheio, / Mãe, nem sonhava que estivesses morta!...// Mas um dia passou, um mês, um ano, / E dois e três e mais e oh! desengano, / Nunca mais me beijou teu lábio amigo. // Não te vi nunca mais; e, na orfandade, / Clamo agora nas trevas com saudade / Mãe, por que foi que não morri contigo?

*** Quando estudava no Seminário do Crato, ainda em 1950, próximo da sua ida para o Seminário da Prainha em Fortaleza, num pequeno caderno de anotações, encontrei a sua inquietação com a vocação sacerdotal que decidira abraçar. Para ele, os sinais evidentes da vocação sacerdotal estavam pautados por: 1). Pura intenção. No santuário só pela porta se entra e esta é Cristo. Ele mesmo nos disse: Eu sou a porta. Quem entrar por mim, será salvo; 2).Ciência requerida e dotes necessários para exercer funções sacerdotais; 3).Conduta irrepreensível de vida, piedade, exercício de virtudes e santidade. Francisco Murilo de Sá Barreto foi ordenado por D. Francisco de Assis Pires, em 15.12.1957. Muitos anos depois, confirmando o passo acertado que dera, ele escreveria: “Para mim, ser padre não significa ser um desencantado. Tenho alegria de minha vocação.”

*** Pe. Murilo costumava lembrar que a sua formação sacerdotal incluiu uma prevenção contra Juazeiro, fruto do posicionamento dos Seminários em que estudara (Prainha e Crato). As romarias de Juazeiro, a este época, eram o motivo fundamental para este pé atrás e nelas só se via o fomento ao fanatismo religioso. O seu lento e gradual esclarecimento, mais que isto, o seu entendimento sobre o fenômeno religioso do Juazeiro foi uma batalha que se travou por muitos anos, até à sua completa convicção e defesa. Quando os romeiros perceberam que a causa lhe conquistara, passaram a tratá-lo de o “vigário do Nordeste”. No livro de tombo da paróquia-matriz, somente lá pela página 100, em 15.09.1968, portanto, só depois de 10 anos entre nós, Pe. Murilo escreveu alguma coisa sobre aquela romaria durante a festa da padroeira.

***Havia em Juazeiro do Norte uma figura popular, Miguel rezador. Nós o conhecíamos bem porque ele trabalhou no escritório local de uma distribuidora de gás de cozinha. Depois foi acometido de distúrbios mentais e tornou-se um místico que perambulava pelas ruas e igreja. Era casado, tinha muitos filhos. Brincando, Murilo dizia: “Esse Miguel é perigoso, todo ano é um filho.” Dos seus filhos, uma era deficiente motora. Para ajudar a família, Pe. Murilo comprou uma casa, lá para os lados do Aeroporto, com algum dinheiro que retirou de sua poupança e aplicou generosamente no bem estar da família, fazendo a doação. Miguel morreu algum tempo depois do vigário. Antes disto Murilo amargou a notícia da violência que fizeram a Miguel, aplicando-lhe uma surra dentro da própria casa paroquial, enquanto o padre estava ausente, de viagem a Alagoas. Como ele sofreu com isto!

***Conselheiro sentimental. Não esqueço que por tantos anos seu gabinete tenha sido o local de portas abertas para receber paroquianos que levavam ao seu conhecimento as mais distintas questões sobre o relacionamento pessoal de namorados, noivos e casais em desajustes, em busca de aconselhamento. Por vezes vinham os pais em busca do esclarecimento e socorro para situações até muito embaraçosas. O clima era tenso, as pessoas chegavam sem aviso e havia choro. No mínimo, se tratava de já realizar um casamento. Não era o que ele aceitava e propunha como medida saneadora. Um dia, eu ia passando de um a outro compartimento da casa e ouvi a sua indagação que fazia à mãe aflita: - Quem é a maluca que vai se agarrar com esse maluco? Quanta gente ele harmonizou, em Cristo. Nada estranho para um missionário, professor de psicologia na velha Escola Normal.


FESTA DA PADROEIRA


quinta-feira, 19 de agosto de 2010

TELEFÉRICO PARA JUAZEIRO

O vice-prefeito de Juazeiro do Norte, José Roberto Celestino, acompanhado do empresário Silvio Rui, esteve em Triunfo, cidade turística do interior pernambucano. O objetivo da viagem foi conhecer de perto o funcionamento do teleférico daquela cidade, para instalação de idêntico equipamento na Serra do Catolé (Horto), facilitando o acesso de turistas à estátua do padre Cícero. A prefeitura vai entrar com a contrapartida, realizando a doação do terreno, oferecendo, ainda, todas as condições para realização do projeto. Para o vice-prefeito  Roberto Celestino, a instalação do teleférico será de grande significado para o crescimento turístico na terra do padre Cícero. O empresário Sílvio Rui vai manter contatos com diretores da empresa Metalumínios Teleféricos, situada em Fortaleza, que é responsável pela fabricação do equipamento. (ascom/pmjn)

PRAÇA PARA OS ROMEIROS

A recém-criada Comissão Diocesana de Pastoral de Romaria será a novidade da festa em louvor à Nossa Senhora das Dores deste ano quando milhares de fiéis virão reverenciar a Padroeira de Juazeiro do Norte. Todas as paróquias estabelecem uma sintonia de acordo com o tema central e as atividades da romaria. Recentemente, o prefeito Manoel Santana recebeu o bispo dom Fernando Panico o qual foi explicar as intenções da Igreja.

       Ele teve conhecimento de um projeto feito pela Irmã Annette Dumoulin que trata da ocupação da Praça Padre Cícero por um período de três dias apenas em cada romaria e sempre das 14 às 23 horas. A freira belga justificou ao prefeito que a meta é criar um clima de oração com os romeiros naquele logradouro que fica no coração de Juazeiro. Ela observou que, ultimamente, "a praça está uma verdadeira torre de babel com uma mistura de grupos diversos cada um cantando e gritando mais alto que os outros".

       Além disso, de acordo com a Irmã Annette, o romeiro já não tinha mais seu espaço. Para ela, a praça precisa ser respeitada a fim de voltar a ser lugar onde o romeiro possa sentar, cantar e rezar conservando a originalidade da romaria em Juazeiro. A religiosa insiste que, dos 365 dias do ano, a Igreja ocuparia apenas nove e em um intervalo das 14 às 23 horas somente, ficando o resto de todo o tempo para os demais grupos. Segundo o Secretário do Desenvolvimento, Turismo e Romarias, José Carlos dos Santos, o prefeito ficou de enviar um decreto neste sentido à Câmara Municipal.(Texto e foto de Demontier Tenório)

01 Santana e Bispo.JPG


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Daniel Walker
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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Engenheiro juzeirense pede criação de superintendência regional da Codevasf

Caros Juazeirenses,

O texto abaixo foi todo retirado do site da CODEVASF – Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (www.codevasf.gov.br) e mostra a importância e o desenvolvimento que empresa agrega nas regiões onde ela atua.

Tendo em vista a importância da empresa em programas de desenvolvimento econômico-social (irrigação e etc) principalmente em áreas rurais e atuação bastante relevante em projetos de saneamento básico e abastecimento de água em áreas urbanas e analisando ainda a transposição do rio São Francisco, cujo eixo Norte cruzará a região sul do Ceará (Cariri), conforme infográfico mostrado abaixo (retirado do site www.mi.gov.br/saofrancisco/integracao) faço a seguinte sugestão:

Que o povo de Juazeiro do Norte (sociedade civil organizada, entidades, POLÍTICOS interessados na DEFESA da nossa cidade,independente de partidos), levante a bandeira para a CRIAÇÃO de uma SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA CODEVASF EM JUAZEIRO DO NORTE, digo isso por que os senhores Tasso e Ciro já estão se mobilizando para colocar o Vale do Acaraú na área de atuação da Codevasf e instalar uma SR em Sobral (alguém achou que seria em outro lugar?), e a meu ver seria muito longe pra atuar no desenvolvimento da região onde o Eixo Norte Cortará e na revitalização das Bacias dos Rios Salgado e Jaguaribe, que serão interligados com o referido eixo.
Para que conheçam mais da CODEVASF, acessem o site, pesquisem e vejam que a mesma é responsável por vários casos de sucesso como o Pólo de Fruticultura de Juazeiro/Petrolina e os Centros de Pesquisa em Aquicultura e Recursos Pesqueiros espalhados pelo Brasil.
Colaborarei no que for necessário e estiver ao meu alcance.
Saudações juazeirenses a todos.
Germanno Ellery
Engenheiro Civil juazeirense, agora residindo em PENEDO-AL
germanno_engcivil@hotmail.com

CODEVASF – COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO DOS VALES DO SÃO FRANCISCO E PARNAÍBA

Missão e Visão de Futuro

Missão
A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), vinculada ao Ministério da Integração Nacional, tem por missão promover o desenvolvimento e a revitalização das bacias dos rios São Francisco e Parnaíba com a utilização sustentável dos recursos naturais e estruturação de atividades produtivas para a inclusão econômica e social.

Visão de Futuro
Ser reconhecida nacional e internacionalmente por pessoas, empresas e governos como referência:
* Na utilização sustentável dos recursos naturais;
* Na estruturação de atividades produtivas;
* Na liderança do processo de articulação para o desenvolvimento das regiões onde atua.

Diretrizes
A Codevasf desempenha, desde sua fundação em 1974, um importante papel no planejamento e desenvolvimento dos recursos naturais/hidrológicos na bacia hidrográfica do rio São Francisco e, a partir de 2000, na bacia do Parnaíba.
Em 22/11/2006, a Companhia aprovou, pela Resolução da Diretoria Executiva nº 549, as suas novas Diretrizes Políticas, que servem como base para enquadramento das ações e projetos a serem desenvolvidos, em consonância com os objetivos do governo e necessidades das regiões e em conformidade com a Missão, Visão de Futuro e Objetivos Estratégicos definidos para a empresa.
As diretrizes foram construídas a partir dos direcionamentos anteriormente apontados com contribuição das Áreas e das Superintendências, no contexto da nova estrutura funcional, com ênfase nos resultados.
O principal foco do planejamento estratégico da Codevasf é o desenvolvimento sustentável das bacias hidrográficas do São Francisco e do Parnaíba com justiça social, alinhado às diretrizes do governo federal, do Ministério da Integração Nacional e do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e respeitando as potencialidades e vocações regionais, segundo as seguintes diretrizes:
* Promover a revitalização das bacias hidrográficas dos rios São Francisco e Parnaíba;
* Implantar projetos que reforcem os arranjos produtivos locais;
* Adotar salvaguardas ambientais nas atividades produtivas potencialmente impactantes aos ecossistemas das bacias hidrográficas;
* Desenvolver e manter atualizados planos de desenvolvimento integrado para as bacias do São Francisco e do Parnaíba;
* Apoiar a implantação dos projetos prioritários identificados no Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba - Planap;
* Promover a capacitação dos atores envolvidos nos programas de desenvolvimento regional sustentável;
* Contribuir no abastecimento de água para consumo humano e animal, prioritariamente por meio de obras de pequeno porte para atendimentos comunitários;
* Integrar a Empresa na matriz energética do país, estimulando a produção de fontes alternativas de energia, com ênfase em ciência e tecnologia, prioritariamente na área agrícola, a exemplo dos polos de biocombustíveis;
* Promover o saneamento ambiental com ênfase na gestão e na qualidade dos recursos naturais;
* Incentivar a atração de investimentos privados como instrumento de viabilização dos projetos, a exemplo das Parcerias Público-Privadas e das concessões;
* Desenvolver projetos e ações com foco em Mecanismos de Desenvolvimento Limpo – MDL;
* Fomentar projetos de infraestrutura de apoio à produção, logística, distribuição e comercialização nas áreas de atuação da Empresa; e
* Gerar receita própria a partir da prestação de serviços técnicos especializados, como consultoria em projetos de irrigação e informações georreferenciadas.
Formas de atuação
A Codevasf direciona sua atuação na coordenação e execução de obras de infraestrutura hídrica, implantação de distritos agropecuários e agroindustriais, obras de saneamento básico, eletrificação e transportes, diretamente ou mediante contratação e estabelecendo parcerias na implementação dos programas.
Dá ênfase aos estudos sobre o potencial hidroagrícola dos Vales. Implantou e mantém em operação 26 perímetros de irrigação no vale do São Francisco.
No vale do Parnaíba, realiza estudos com a finalidade de formular o Plano de Ação para o Desenvolvimento Integrado do Vale do Parnaíba (Planap), pautado na sustentabilidade, nas potencialidades comparativas e competitivas existentes, visando ao crescimento da economia regional e à melhoria da qualidade de vida da população em uma nova abordagem estratégica centrada no nível de abrangência territorial.
Desenvolve, ainda, programas de reabilitação de perímetros irrigados e de preparação da juventude rural e executa ações integradoras voltadas para a construção de barragens, construção/instalação de adutoras, perfuração/instalação de poços tubulares e amazonas, instalação de cisternas simplificadas de abastecimento d’água, implantação de linhas de distribuição de energia e construção de estradas que têm provocado impactos favoráveis no que se refere à redução da migração e à inclusão social.

Área de Atuação
A Codevasf atua nas bacias hidrográficas dos rios São Francisco e Parnaíba. Com a Lei nº 12.196, sancionada em 14 de janeiro de 2010, passará a atuar também nos vales dos rios Itapecuru e Mearim.
A bacia do São Francisco tem uma extensão de 640.000 km² e abrange porções dos Estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Goiás e estreita faixa no Distrito Federal. A bacia do Parnaíba, com extensão de 330.000 km², abrange parte dos Estados do Piauí e do Maranhão. Já as águas do rio Itapecuru (52.500 km²) e do Mearim (96.000 km²) banham o estado do Maranhão.

Impactos da Ação
As ações da Codevasf e de suas antecessoras nos vales do São Francisco e do Parnaíba resultam em um expressivo desenvolvimento econômico e social, traduzido em números que retratam o aumento da produção e da produtividade agrícola, maior oferta de alimentos à população, ampliação da oferta de empregos diretos e indiretos e geração de renda estável, seja na zona rural ou urbana.
Esse desenvolvimento nas regiões de atuação da Empresa é determinado pela incorporação de novas áreas ao processo produtivo e introdução de novas tecnologias e culturas, direcionadas a mercados exportadores e com a implantação de agroindústrias. Isso possibilita melhor aproveitamento da matéria-prima e se constitui em suporte à comercialização e ao crescimento das atividades de comércio e de serviços.
O resultado desse trabalho também leva à formação e à consolidação de polos de desenvolvimento regional, a exemplo dos polos de Petrolina (PE)/Juazeiro (BA) e do Norte de Minas Gerais. Esses polos têm contribuído para o aumento das exportações e da geração de superávites comerciais, através da oferta de produtos nobres e de alto valor comercial.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Centenário da morte de José Marrocos prossegue com Exposição Interativa


Aberta na manhã desta segunda-feira a Exposição Interativa: “O Centenário de Morte de José Marrocos” que se estenderá até o dia 27 de agosto na sede do IPESC no Campus Monsenhor Murilo localizado na Avenida Castelo Branco em frente à Praça do Mateu. Trata-se de mais um evento da programação elaborada pela Comissão Organizadora do Centenário de Juazeiro do Norte com apoio de diversas instituições e da administração do prefeito Manoel Santana.
Trata-se de uma mostra de jornais, livros, documentos, fotos, documentário, além das oficinas de leitura de cartas e documentos e de xilogravura incluindo ainda mini-cursos. Os livros que pertenceram a José Marrocos estão expostos no Museu do Padre Cícero na Rua São José, 242 no centro de Juazeiro. O coordenador executivo da comissão e Secretário do Desenvolvimento Econômico, Turismo e Romarias, José Carlos dos Santos, abriu a exposição.
A professora Fátima Pinho, coordenadora do IPESC (Instituto José Marrocos de Pesquisas e Estudos Sócio-Culturais), também falou para um auditório lotado por alunos da Escola de Ensino Médio Adauto Bezerra antes da palestra do xilógrafo e diretor da Lira Nordestina, José Lourenço. Zé Marrocos foi uma das figuras importantes no processo de emancipação política de Juazeiro, mas terminou falecendo antes que a independência acontecesse. (Texto e fotos de Demontier Tenório)

domingo, 15 de agosto de 2010

HISTÓRIA DA INDEPENDÊNCIA DE JUAZEIRO DO NORTE

No Brasil, o processo de emancipação política dos povoados e sua transformação em município é basicamente igual. Geralmente é assim: Em dado momento, a comunidade percebe que o povoado cresceu e é chegada a hora de deixar de pagar impostos ao município-sede, pois o retorno social dos recursos remetidos nem sempre corresponde aos anseios da população. Então, alguém, não necessariamente um líder, se sente no direito de representar a coletividade e convoca a população para desencadear o movimento de independência.
Com o povoado de Juazeiro foi desse mesmo jeito. Porém, a forma de desenvolvimento do processo foi diferente, daí porque a história da independência de Juazeiro é singular.
Em 1907 o povoado estava em franco desenvolvimento e pagando pesados impostos ao Crato. Um cidadão filho da terra, rico fazendeiro, divulgou um boletim no qual convocava a população para uma reunião cívica em que a emancipação do povoado era o principal tema da pauta.
A reunião foi um fiasco! Pouca gente compareceu. Alguém aventou a hipótese de que a população, embora desejosa de ver o povoado livre, estava dividida devido a divergências ideológicas e, por isso, vez por outra se desentendia. Na verdade, a população juazeirense, ontem como hoje, é formada por dois tipos de habitantes: os filhos da terra, chamados nativos, e os adventícios, chamados genericamente de romeiros, pois para aqui vieram atraídos pelas pregações de um padre, líder carismático autêntico, e pela crença num fato que todos acreditam como sendo milagre. Este fato, basicamente, consistiu no sangramento da hóstia na boca de uma beata quando a mesma comungava, além de outros fenômenos igualmente estranhos.
O filho da terra e rico fazendeiro referido acima conseguiu a adesão de dois destemidos adventícios para engrossar as fileiras do movimento: um padre cratense fugido de sua cidade por questões políticas com o prefeito e um médico baiano com habilidade em advocacia, embora não fosse advogado formado, que para aqui veio se oferecer para resolver pendências jurídicas referentes a umas minas de cobre do padre que vivia no lugar, mas estava suspenso das ordens eclesiásticas, o líder carismático já citado. Por coincidência, os dois forasteiros também eram jornalistas.
Assim, melhor preparado, o grupo resolveu fundar um jornal, cujo objetivo seria servir de ponta-de-lança do movimento de independência do povoado.
Mas, apesar de todo o empenho o empreendimento não crescia da forma desejada. Algumas razões impediam-no: o fazendeiro rico não se dava bem com o prefeito do município-sede e os adventícios chamados romeiros se achavam discriminados pela população nativa.
Era preciso, então, o surgimento de um fato novo, porém forte o suficiente para esquentar os ânimos da população e capaz de deixar todos com os nervos à flor da pele, prontos para fazer valer a reivindicação tão justa.
E, por incrível que pareça, em vez de um apenas, surgiram três. Um atentado de morte contra o médico baiano; uma frase insultuosa ao povo juazeirense proferida no Crato durante uma visita pastoral do bispo auxiliar de Fortaleza, por um padre da comitiva e finalmente, a determinação desastrosa do prefeito cratense que ameaçou de forma ostensiva usar a força policial para receber os impostos atrasados, que os contribuintes resolveram não pagar mais. A ordem do prefeito era severa: em caso de resistência, bala!
Pronto, estava criado o ambiente propício para o líder carismático do lugar agir. Ele até então se encontrava receoso, pois era adepto da política da boa vizinhança, e também não queria se indispor com o prefeito cratense, seu amigo, cujo pai havia contribuído de forma bastante efetiva para sua ordenação. E como se não bastasse, era ele próprio um cratense da gema.
A situação era dramática e clamava por uma decisão imediata, pois um conflito armado estava prestes a ocorrer.
O líder carismático, o padre dos romeiros, estava num dilema: honrar sua naturalidade cratense ou defender a terra que adotou, optando, assim, pela cidadania juazeirense.
Com a frase pronunciada em tom enérgico - “Sou filho do Crato, mas Juazeiro é meu filho” -, o líder carismático desfraldou finalmente a bandeira de independência, e o povoado se tornou livre.
Esta história narrada desta forma, em rápidas pinceladas, é importante demais para terminar aqui. Precisa, portanto, ser contada com mais detalhes. E somente agora, cerca de cem anos após o fato ter acontecido, surge um livro para tratar exclusivamente dele: HISTÓRIA DA INDEPENDÊNCIA DE JUAZEIRO DO NORTE, de Daniel Walker.

JUAZEIRO GANHA SEGUNDO SHOPPING CENTER DO CARIRI


JUAZEIRO GANHA SEGUNDO SHOPPING CENTER DO CARIRI
Dos 39 novos shopping centers que serão construídos no Brasil nos próximos seis meses, de acordo com a Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings(Alshop), com investimentos totais de R$ 1,75 bilhão, para atender a expansão da economia brasileira, um é de Juazeiro do Norte, Metrópole do Cariri e nova referência de desenvolvimento econômico no Nordeste, que está atraindo grandes investidores nacionais e estrangeiros. Com investimento de R$ 60 milhões, o Shopping Center Juazeiro, o segundo da cidade e do Cariri, é um empreendimento do grupo juazeirense JDMM. Seu executivo, Mauro Macedo(foto), antecipa ao Juanorte que o Shopping Center Juazeiro estará funcionando no segundo semestre de 2011, ano do centenário de Juazeiro, e garante: "Será o melhor e mais moderno centro comercial do interior do Ceará".
Foto Panfila Cavallho: Mauro Macedo, executivo do  Shopping Center Juazeiro
De acordo com estudo atual da Alshop, o mercado brasileiro terá mais demanda que oferta nos próximos dez anos graças ao incremento do salário mínimo e aos programas de distribuição de renda, como o Bolsa Família, que ampliaram o segmento varejista, pois 80% do dinheiro injetado na economia estão indo para o consumo. E é nisso, que está apostando o grupo JDMM, além, evidentemente, do forte potencial próprio do Juazeiro, segundo Mauro Macedo: "Investir em Juazeiro do Norte já era um desejo antigo que foi fortalecido, sobretudo pelo cenário favorável da economia e o aumento da demanda interna mais perceptível na região Nordeste. O poder econômico das famílias no interior do Ceará nos últimos anos subiu de patamar de consumo. As pessoas estão investindo, atraídas por incentivos fiscais e custos menores, diversos fabricantes como calçados, têxtil, alimentos e bebidas, abriram unidades no Cariri, gerando empregos e renda maior. Enfim decidimos investir neste equipamento porque somos do Juazeiro, conhecedores do grande potencial que tem nossa cidade e região do Cariri". Com localização privilegiada, no bairro Novo Juazeiro, próximo ao centro da cidade, entre as avenidas Castelo Branco e Humberto Bezerra, o Shopping Center Juazeiro será de fácil acesso para os 450 mil consumidores do triângulo JUABC (Juazeiro, Barbalha e Crato) e aos 650 mil

habitantes da Região Metropolitana do Juazeiro. Empreendimento do Grupo JDMM terá uma área construída de 45.000 m², com dois pisos subterrâneos para estacionamento amplo com capacidade para 532 carros. Conforme detalha Mauro Macedo ao Juanorte, "O Shopping, com total de 109 lojas, fará parte de um complexo, onde serão abrigadas duas torres que acomodarão um hotel com 104 apartamentos e um centro empresarial com 56 salas, centro de convenções com cinco metting rooms e auditório reversível para atender até 800 lugares. O Shopping Juazeiro será o melhor espaço para vendas e grandes negócios, pois vamos contar com três lojas âncoras, quatro salas de cinema, um hipermercado, 14 lojas de alimentação, 70 lojas satélites, academia de 400 m² de área e espaço para prática de boliche. É um projeto sofisticado, não só do ponto de vista arquitetônico, mas também operacional, a fim de proporcionar custos mais baixos.Vamos utilizar tecnologia de ponta na automação total do empreendimento e os mais atuais conceitos de auto-sustentabilidade". Estimativa do grupo JDMM é a de que o empreendimento possa gerar 800 empregos diretos e mais 1.500 empregos indiretos. Qual a expectativa do grupo quanto ao sucesso do Shopping Center Juazeiro? Mauro Macedo confiante: "Como estamos em uma região em expansão, a expectativa é das melhores. Pois, queremos desenvolver um shopping que possa atender a

  população com opinião formada, com operações de alto nível e, sobretudo, com conforto. Acreditamos que o sucesso deste investimento se deve principalmente por termos em mãos, pesquisas de mercado apontando para o grande potencial da cidade e, sobretudo, pela excelente localização, que terá na sua área de influência primária e secundária um público consumidor de 180.000 pessoas, que vão poder desfrutar das vantagens de um moderno equipamento de lazer e de compras. Como vai atrair a população de todo o Cariri, esperamos um movimento de 600 mil consumidores por mês". Otimismo do grupo do Shooppjng Center Juazeiro, o segundo da cidade e da região sul do Ceará, é justificado pela realidade e pelas projeções de mercado. De acordo com levantamentos do IBGE e da Fundação Getúlio Vargas, o aumento do poder aquisitivo das classes C e D é evidente e essas faixas se ampliaram muito nos últimos anos, proporcionando estupendo crescimento do consumo. Em 2008, a classe C, também já chamada de nova Classe Média, já representava 49% da população brasileira. Já em 2010, esse classe passou a ter um contingente estimado, oficialmente, em 103 milhões de brasileiros. Essa força é mais expressiva no Nordeste, região do País onde é maior o impacto dos programas sociais do Governo beneficiando diretamente mais de 40 milhões de pessoas,que agora querem comprar tudo, carro, celular, computador, televisão, roupas da moda, além de alimentos, . obviamente. Consumo das famílias dessa classe teve aumento nos últimos 23 semestres consecutivos e o crescimento do comércio varejista nacional bateu recorde de 11% no primeiro semestre deste ano de 2010, estimulando o surgimento de novos shopping centers que já são 725 em funcionamento em todo o Brasil. E no interior do Nordeste, Juazeiro do Norte é o mercado que tem apresentado maior potencial de crescimento e a melhor perspectiva de retorno imediato dos investimentos, sobretudo nas áreas de construção civil, calçados, têxtil, educação universitária, transportes, hotelaria, abastecimento e varejo. Daí a extraordinária expansão do seu dinamismo econômico atraindo novos negócios e novos empreendimentos privados, como a implantação no Juazeiro de unidades do Walmart e do Carrefour, as duas maiores redes do comércio varejista do mundo. Dentro desse painel de excelentes perspectivas, o Shopping Juazeiro é a mais nova marca desse acelerado desenvolvimento do Juazeiro, já consolidado como principal centro econômico de 2,5 milhões de consumidores do Nordeste central do Brasil. "Por tudo isso, confiamos no sucesso deste investimento no Shopping Center Juazeiro, um projeto arquitetônico e operacional moderno, bem elaborado, que vai garantir um mundo de oportunidades num único lugar", arremata o executivo Mauro Macedo.
Foto: Futuro Shopping Center Juazeiro
Shopping Center Juazeiro terá também Centro de Convenções
(FONTE: WWW.JUANORTE.COM.BR)